Os dejetos de 7.701 imóveis, todos com acesso à rede de esgoto, são lançados diretamente na Lagoa da Pampulha, cartão postal de Belo Horizonte. Os proprietários destes locais preferem não fazer a ligação com o sistema. Uma das razões é que passariam a pagar mais caro pela conta de água, já que a manutenção do esgoto é um serviço cobrado pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).
Enquanto isso, as prefeituras de Belo Horizonte e Contagem prometem despoluir a lagoa em cinco anos. Ela faz parte do Conjunto Arquitetônico, planejado por Oscar Niemeyer, tombado como Patrimônio Cultural da Humanidade, em 2016. A manutenção deste título depende da limpeza do espelho d’água.
O problema é que não há como obrigar as pessoas a fazerem a ligação. Questionado, a Prefeitura de BH sugeriu que entrássemos em contato com a Copasa.
Já a empresa disse que “não possui poder legal para obrigar o cliente a se conectar à rede coletora de esgoto. Por isso, é importante a atuação das vigilâncias sanitárias dos municípios de Belo Horizonte e Contagem que deverão realizar as autuações previstas em lei”.
A companhia disse ainda que “está fazendo ações de mobilização social junto aos moradores de imóveis com condições técnicas favoráveis para a interligação nas redes coletoras disponíveis para que eles se conscientizem sobre a importância do saneamento e façam a adesão ao sistema”.
Dos 7.701, 2.164 estão em Belo Horizonte e 5.537 estão em Contagem.
Fonte: Globo Minas. Foto: Virgílio Gruppi/ TV Globo