Profissionais brancos recebem, em média, 20% a mais do que os negros que ocupam a mesma função, têm a mesma escolaridade e origem familiar parecida. É o que aponta um estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em cargos de chefia, a desigualdade é ainda maior, podendo chegar a 35%. Um outro dado aponta que o aumento na contratação de profissionais negros reduz a desigualdade salarial: a cada 10% de funcionários pretos e pardos contratados, a diferença salarial cai 1,5%.
“O mecanismo que faz com que isso aconteça é a percepção de que os negros também pertencem àquele lugar, então merecem receber semelhante aos brancos”, disse o professor de sociologia da UFMG Jorge Alexandre Neves.
O abismo social que separa os brasileiros pela cor da pele é imenso. No mercado de trabalho, apesar de fazerem parte da maior força de trabalho no país, pretos e pardos ocupam menos de 30% dos cargos de liderança.
Fonte: Globo.