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Polícia Civil alerta sobre golpes a partir da clonagem de anúncios de venda de carros

Por Dentro De Tudo:

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Um tipo de estelionato vem chamando a atenção da Polícia Civil, que alerta sobre os crimes praticados principalmente pela internet. Os golpistas clonam anúncios de carros e agem como intermediários na compra e venda dos veículos.

Em Minas Gerais e em Belo Horizonte, números de casos de estelionato deste ano já superam o mesmo período de 2019. Segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), na capital mineira, de janeiro a setembro houve um aumento de 44%, se comparado com o mesmo período do ano passado. Já no estado, o crescimento foi de 58%.

De acordo com a Polícia Civil, a maioria dos golpes ocorreu pela internet, após o início do isolamento social, período em que as pessoas têm utilizado o computador com mais frequência, além de estarem mais vulneráveis.

Ainda segundo a polícia, uns dos tipos de estelionato mais comuns é o crime na compra e venda de veículo. Geralmente, funciona da seguinte forma: o estelionatário coleta o telefone da vítima no próprio anúncio. Liga, pede as informações do veículo, diz que vai comprar e, por essa razão, pede para que o anúncio seja deletado.

Em seguida, cria uma nova publicação, com os dados que a vítima passou e com o preço mais baixo, o que atrai compradores. Então, o criminoso negocia um bem que não é dele e manipula a vítima até que ela faça o depósito.

O encontro, então, é agendado. O vendedor leva o veículo e o comprador faz a avaliação. Nenhum dos dois tratam de detalhes da negociação. Em seguida, o comprador (acreditando que o golpista é realmente o vendedor) confirma a intenção de fechar o negócio e transfere o valor combinado para a conta bancária do criminoso (ou de um “laranja”).

Para dar veracidade à negociação fraudulenta, depois de feita a transferência (e, em alguns casos, até mesmo antes dela), as duas vítimas (vendedor e comprador) são orientadas a comparecer a um cartório e realizar a transferência do veículo, com o devido preenchimento do recibo.

Chegado o momento de entregar o carro ou moto, as vítimas se dão conta de que caíram em um golpe, pois o vendedor não recebeu o pagamento e o comprador repassou seu dinheiro para o golpista, que fez o papel de intermediário da negociação e já sacou o valor da conta bancária.

Dados sobre golpes em MG

  • 2019 (ano todo): 53.048
  • 2019 (janeiro a setembro): 37.777
  • 2020 (janeiro a setembro): 60.054

Belo Horizonte

  • 2019 (ano todo): 15.010
  • 2019 (janeiro a setembro): 10.632
  • 2020 (janeiro a setembro): 15.380

Fonte: Observatório de Segurança Pública/Reds/Sejusp

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