De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 63,44% dos mineiros já foram recenseados. A cobertura do levatamento no estado coincide com os dados do Brasil, que está em 63,77%.
Até o dia 31 de outubro, foram recenseadas 136.022.192 de pessoas em todo o país. Destas, 31,69% estavam na região Nordeste, 38,45% no Sudeste, 13,99% no Sul, 8,88% no Norte e 6,99% no Centro-Oeste. Até o momento, 48,3% da população recenseada eram homens e 51,7% eram mulheres.
Na região sudeste, o ranking dos estados com maior avanço no censo está com Minas Gerais em 1° lugar, seguido de Rio de Janeiro (63,42%), Espírito Santo (56,12%) e São Paulo (54,30%).
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Ainda de acordo com o IBGE, 1.230.778 de indígenas e 1.009.778 quilombolas já foram recenseados. Os indígenas em Minas Gerais representam 2,27% da população total, e quilombolas 10,53%.
O estado mais adiantado, ou seja, com maior proporção de pessoas recenseadas em relação à população estimada, é o Piauí (86,08%), seguido por Sergipe (83,19%) e Rio Grande do Norte (80,48%). Os menos adiantados são Mato Grosso (42,72%), Amapá (51,47%) e Acre (54,07%).
Recenseadores e a ordem de acesso
Um dos principais problemas enfrentados pelos recenceadores é a recusa da população em responder à pesquisa. Segundo o IBGE, esses casos representam 2,33% do total e esse número ainda pode ser reduzido, pois serão aplicados mais protocolos de insistência.
Segundoo gerente técnico do censo Luciano Duarte, medidas estão sendo tomadas para evitar o problema. “Quando o síndico se recusar expressamente a dar acesso ao recenseador, o IBGE irá entrar com uma ordem de acesso ao condomínio. Se não for cumprida, a Unidade Estadual chamará a polícia para garantir o acesso”, explicou.
Há dois tipos de questionário, um menor e um maior. Cerca de 88,4% dos domicílios (42.595.922) responderam ao questionário básico (menor) e 11,6% (5.560.298) ao ampliado (maior), percentual consistente com a amostra definida pelo Instituto. O tempo médio de preenchimento tem sido de 5 minutos para o questionário básico e de 15 minutos para o questionário ampliado.
Falta de trabalhadores atrasa o censo
O IBGE aborda ainda a questão da falta de recenseadores para trabalhar, o que atrasa o andamento do censo. Na região Sudeste, o Rio de Janeiro tem o maior número de trabalhadores, com 54,3%, seguido de Minas (51,7%), São Paulo (45,5%) e Espírito Santo (45,1%).
Em todo o país, o IBGE conta com 90.552 recenseadores em ação, 49,5% do total de vagas disponíveis.O estado com maior déficit de recenseadores é o Mato Grosso, com 37,1% do número de vagas. Já o Piauí está com 64% dos postos ocupados.
Um dos pontos de reclamação era a baixa remuneração, que já foi melhorada, de acordo com Duarte.
Alguns grupos que antes eram vetados de se candidatar agora também podem se inscrever para as vagas, tais como:
Microempreendedores individuais
Aposentados do serviço público
Professores da rede pública
Ex-agentes de pesquisa do mapeamento do IBGE
Os recenseadores estão sempre uniformizados com o colete do IBGE, boné do Censo, além do crachá de identificação. É possível confirmar a identidade do agente do IBGE no site Respondendo ao IBGE ou pelo telefone 0800 721 8181.
Para realizar a confirmação, o cidadão deve fornecer o nome, matrícula ou CPF do recenseador.