Enquanto aguarda a chegada da perícia, os policiais começaram a conversar com moradores da região para buscar informações sobre o suspeito do crime. Uma testemunha disse ter visto um homem saindo do lugar do homicídio.
Ao fazer o caminho indicado, os policiais chegaram em um lava jato. No local, encontraram um carro com a placa traseira virada. O veículo estava destrancado e em um dos bancos havia uma carteira com documentos.
Diante da suspeita, os PMs foram até a casa do dono da carteira. Na residência, localizaram uma mulher, de 30 anos de idade, que disse que o marido era o principal suspeito de ter matado a vítima.
Esposa relatou abuso na infância
Na conversa com os policiais, a mulher relatou que a vítima era padrasto dela. E que quando ela era criança, entre os 7 e 11 anos, foi abusada sexualmente por ele.
Segundo o relato da mulher, o marido ficou transtornado e disse que ia matar o abusador. Ele saiu de casa e, minutos depois, voltou dizendo que cometeu o homicídio. Na sequência, trocou de roupa, saiu de carro e disse que iria se entregar à Polícia.
Com essa informação, os policiais fizeram uma ronda na região e acharam o suspeito dentro do carro. Na abordagem, ele confessou o crime aos policiais.
Na conversa com os PMs, o homem relatou que a mulher recorrentemente tem crises de choro sem motivos aparentes. Incomodado com a situação, perguntou o que estava acontecendo. A esposa então teria dito que ela e a irmã foram abusadas sexualmente pelo padrasto na infância. E que ele as ameaçava, caso contassem para alguém.
O homem admitiu que ficou com raiva. De posse de um facão, foi ao encontro da vítima, que andava de bicicleta, e desferiu diversas facadas antes de fugir do local do crime. Ele foi preso e encaminhado à Delegacia de Araguari junto com a arma usada no assassinato.