A Polícia Civil encerrou o inquérito quase quatro meses após a morte de Cleonice Ribeiro da Silva Soares, que tinha 49 anos. Ela morreu em julho durante um exame de endoscopia em um clínica na Região do Barreiro, em Belo Horizonte.
Os investigadores se basearam em exames, análises de documentos e prontuários médicos para concluir que a clínica onde o exame foi feito deu toda assistência para a paciente e que não houve erro, nem negligência por parte dos profissionais responsáveis pelo exame. A informação foi repassada pela Assessoria de Comunicação da Polícia Civil, por meio de nota.
“A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) entendeu que os investigados tomaram todas as providências necessárias quando da intercorrência médica, não encontrando, portanto, indícios de qualquer crime por eles praticado”. (leia a íntegra da nota no fim da reportagem)
Na época, a filha da paciente disse à Polícia Militar (PM) que a mãe usava um cardiodesfibrilador, dispositivo cardíaco, desde 2019, e que acreditava que ela tivesse comunicado isso à equipe médica.
Já o médico e a enfermeira responsáveis pelo procedimento alegaram que não foram informados sobre o uso do aparelho. Segundo o boletim de ocorrência, o médico disse aos policiais que ele e a enfermeira aplicaram uma sedação intravenosa em Cleonice para a realização de uma endoscopia digestiva alta.
De acordo com ele, pouco tempo depois do início do procedimento, a paciente apresentou um quadro de esforço respiratório, que evoluiu em seguida para uma parada cardiorrespiratória. O médico falou que iniciou imediatamente uma massagem de reanimação, mas não obteve êxito. Duas equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram ao local, mas Cleonice já estava sem sinais vitais.
Ainda conforme o boletim de ocorrência, a enfermeira afirmou que, antes da endoscopia, perguntou à paciente algumas informações sobre a saúde dela. Segundo a profissional, Cleonice disse que sofria de hipertensão e citou alguns remédios que costumava usar.
O corpo de Cleonice passou por exame de necropsia e não foi possível determinar a causa da morte.
Fonte: Globo Minas.