O caso foi denunciado à polícia na última sexta-feira (2). Conforme o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, a madrasta da criança contou que, na quinta-feira (1º), saiu de casa para ir ao açougue e recebeu uma ligação da vizinha contando do abuso.
A mulher, que mora ao lado da casa da família, foi procurada pela menina. Ao retornar para a residência, a madrasta conversou com a enteada, que contou detalhes do estupro. A menina foi levada ao hospital e medicada.
Em conversa com os policiais, a vítima disse que o pai entregou um celular para que o irmão dela, um adolescente de 13 anos com deficiência mental, se distraísse com joguinhos e, em seguida, a levou para o único quarto da casa, a segurou pelos braços e ordenou que tirasse a calcinha.
“Hoje não, pai. Não estraga meu dia, que vou passar com as minhas irmãzinhas”, disse a vítima, conforme consta no registro policial.
Ainda segundo o boletim, a criança disse que chutou, empurrou o suspeito e conseguiu ir para perto do irmão na sala. No entanto, ela foi puxada novamente para outro cômodo, onde foi obrigada a manter relação sexual.
Ainda conforme a menina, ela foi estuprada outras vezes e, em algumas situações, os abusos aconteciam duas vezes ao dia. A criança afirmou que não contou dos outros abusos por medo do pai matar a madrasta e o irmão dela.
Além disso, disse que tinha medo de voltar para o abrigo, onde morou por um tempo após ser estuprada, quando mais nova, pelo companheiro da mãe. Na época, ela teve os braços e mãos queimados com cigarro.
A madrasta afirmou que não sabia dos abusos e que os enteados foram morar com o casal há cinco anos. Segundo a mulher, o companheiro é usuário de drogas e consome bebida alcoólica de forma abusiva.
Conforme os militares, o homem tem vários registros policiais de maus-tratos contra os filhos e a mulher, além de roubo.
Fonte: Globo Minas.