O menino Ian Almeida Rocha, de 2 anos, morreu vítima de traumatismo craniano, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais. O pai e a madrasta da criança são suspeitos do crime, e a linha de investigação indica que as agressões foram iniciadas pela mulher.
De acordo com o delegado Diego Lopes, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente de Belo Horizonte, o trauma que causou a morte de Ian teve grande extensão e foi provocado por um “instrumento contundente”. Esse instrumento ainda não foi identificado, mas, de acordo com a polícia, uma barra de ferro ou um pedaço de pau poderiam causar esse tipo de lesão.
“É uma fratura de grande extensão que ele teve no crânio. A informação que nós temos é que é necessário grande energia para atingir esse tipo de lesão”, afirmou o delegado.
Nesta quarta-feira (25), a Polícia Civil cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e Santa Luzia, na Grande BH, relacionados às investigações do caso. Um dos alvos foi a residência onde o pai e a madrasta de Ian – Márcio da Rocha Souza, de 31 anos, e Bruna Cristine dos Santos, de 34 anos – viviam.
“A população chegou a estar determinada em atear fogo no imóvel, razão pela qual alguns familiares fizeram uma mudança às pressas e retiraram muitos móveis de lá”, disse Lopes.
Segundo o delegado, nas bases da Polícia Civil, há um registro anterior de maus-tratos, de meados de 2022, em que o pai de Ian foi apontado como suspeito da agressão. Ele e a madrasta do menino estão presos.
Ian Almeida Rocha foi internado no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, no dia 8 de janeiro, com lesão na cabeça, escoriação no queixo e edema na testa.
Médicos desconfiaram dos ferimentos e das versões apresentadas pelo pai e pela madrasta e acionaram a Polícia Militar (PM). O casal foi preso em flagrante.
Fonte: Globo.