Segundo o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), o índice autorizado de reajuste dos medicamentos comercializados no Brasil será de 5,6% este ano, seguindo a inflação medida pelo IPCA. Os preços, que são controlados pelo governo, poderão ficar mais caros a partir de 31 de março, quando a resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) for publicada no Diário Oficial da União.
A estimativa do Sindusfarma considera a inflação acumulada entre março de 2022 e fevereiro deste ano, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de outros fatores da fórmula usada para o cálculo do índice de recomposição anual de preços. No entanto, a indústria prevê que esses fatores terão impacto nulo.
Nelson Mussolini, presidente-executivo do Sindusfarma, ressalta a importância do consumidor pesquisar as melhores ofertas de medicamentos nas farmácias e drogarias, já que os aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer, dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos.
A entidade destaca que, nos últimos 10 anos, o reajuste dos medicamentos ficou abaixo da inflação geral. Desde 2012, enquanto o IPCA acumulado atingiu 90,24%, os preços dos remédios subiram apenas 76,79%.
Fonte: Valor. Globo.