Mercado pet lança até picolé e chips de banana para cães e gatos

Por Dentro De Tudo:

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Mais de 149 milhões de “pets” fazem parte dos lares brasileiros e alimentam um mercado que encerrou 2022 com crescimento de 17,2% e bateu a marca de R$ 41,9 bilhões em faturamento, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Resultados que atraem muita concorrência e exigem criatividade de quem se arrisca no setor.

Em Belo Horizonte, é possível encontrar desde picolés feitos especificamente para aliviar o calorão a “mexido mineiro” e “moqueca de tilápia” feitos especialmente para os animais. 

A Pet Saudável, em BH, fabrica de cookies para cães e gatos até uma longa linha de petiscos secos, como moela de frango, carne suína e chips de banana para animais de estimação. No cardápio também há pratos congelados, como a “macãorronadinha”. Tudo feito com insumos de primeira linha que poderiam ser consumidos por humanos, garante Mariana Fonseca, diretora da empresa.

“Somos uma indústria que produz materiais para as grandes redes, mas também buscamos atender as demandas de cada pet. Temos produtos para animais com restrição alimentar, alergias, ou qualquer tipo de necessidade nutricional específica”, conta.

O mercado de comida para cães e gatos é o que absorve a maior parte do faturamento. Aproximadamente 80% do setor gira em torno de alimentos para animais de estimação, em números absolutos, algo em torno de R$ 33,5 milhões. Um crescimento de 18,3% em 2022 na comparação com o ano anterior. Outros setores que cresceram foram o de veterinária, com aumento de 14%, e cuidados para cães, como banhos e brinquedos, com crescimento de 6% no último ano.

A universitária Eduarda Bär percebeu o potencial do setor e resolveu investir. Estudante de medicina veterinária, utilizou o conhecimento do curso para criar uma marca de picolés voltada a cães e gatos. 

“Eu fiz vários testes e hoje tenho uma receita que é bem aceita pelos bichos e com a qualidade nutricional que os donos exigem”, conta. Com o sugestivo nome de AuMiau, o picolé sai a R$ 12. 

Para continuar crescendo, o setor conta com a participação de donos de animais que não medem recursos para agradar os filhotinhos. 

É o que faz, por exemplo, Anita Araújo, estudante e dona de duas cachorrinhas, Mel e Moana. “A gente gasta mesmo. Uma delas tem problemas de saúde, precisa de medicamentos e a gente não pode deixar de cuidar e tentar agradar”, diz.

Internacional
Dados da Abinpet mostram que o Brasil tem a segunda maior população de cães e gatos do mundo: são 55,9 milhões de cachorros e 27,1 milhões de felinos. O mercado interno forte ajuda o país a ter também uma presença internacional relevante.

A indústria brasileira de produtos pet é a sexta maior do mundo, no ranking liderado pelos Estados Unidos. As exportações do setor ficaram em R$ 435 milhões, um crescimento de 5,6% em 2022 na comparação com o ano anterior. 

Fonte: Hoje em Dia. Foto: Maurício Vieira.

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