Pediatra cita 15 sinais no comportamento de alunos que indicam risco de ataques

Por Dentro De Tudo:

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Em meio à onda de ameaças de ataques e episódios de violência em escolas, um livro digital elenca 15 sinais de alerta que indicam risco de ataques públicos. O documento foi elaborado pela pediatra mineira Mariele Rios e disponibilizado gratuitamente (clique aqui para acessar)

Para elaborar o material, a especialista usou como base estudos feitos nos Estados Unidos pelo Departamento Federal de Investigação (FBI) e Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (Homeland Security) sobre a segurança de escolas.

Na postagem de divulgação do material no Instagram, rede social onde a pediatra conta com mais de 300 mil seguidores, ela pede que a população não divulgue supostas ameaças tampouco fale dos casos perto de estudantes. 

“Não propaguem notícias, não fiquem de frisson no WhatsApp, não tomem medidas de cabeça quente. Só atenção e menos pânico. O pânico só aumenta a chance do efeito se alastrar”, orientou a pediatra. 

A pesquisadora também disse ser necessário focar em ações de prevenção, mais eficazes do que “medidas que só reforcem a violência”, como “escolta armada”, detector de metais, entre outras medidas. 

A pesquisadora lembra que a lista “não é completa e infalível e com todos os sinais de alerta” e que “a exibição de um desses sinais isoladamente não indica violência iminente ou terrorismo”. “Quanto mais sinais juntos, maior é o sinal de alerta”.

Sinais de alerta

  1. Comportamento de ameaça: pessoa que fala direta ou indiretamente da intenção de matar/cometer crime contra alguém, ou interesse em danificar estruturas.
  2. Vigilância prolongada: pessoa que se torna exageradamente interessada em monitorar, filmar ou fotografar algo ou alguém.
  3. Busca exagerada por conhecimento específico: pessoa que passa a consumir repentinamente muitos livro, artigos ou vídeos de armas, táticas militares, segurança de instalações, bombas, etc. 
  4. Roubo/desvio de itens específicos: alguém que rouba ou desvia itens como crachás, uniformes ou equipamentos específicos de uma instituição. 
  5. Questionamento excessivo: pessoa sem este hábito que passa a perguntar sobre tudo e todos daquele ambiente, muito além da curiosidade. 
  6. Violação: pessoa não autorizada que tenta invadir área restrita ou tenta se passar por pessoa autorizada. 
  7. Comportamento hacker: alguém que passa a invadir ou a comprometer sistemas virtuais de segurança.
  8. Armazenamento incomum: alguém que armazene armas, facas, explosivos ou qualquer material destrutivo. Também pode haver acúmulo de celulares e radiocomunicadores.
  9. Comportamento de ódio: pessoas que manifestam irritação contínua, falta de paciência extrema, muita raiva e que se associem a grupos de extrema-direita, terrorismo, entre outros. 
  10. Crueldade com animais: pessoa que se interessa em matar ou maltratar animais e que gosta da fama associada aos feitos.
  11. Fascínio inapropriado: pessoa com paixão por ataques ou tiroteios de maneira inapropriada. Idolatria a outros agressores. 
  12. Mudanças agressivas e repentinas no visual: alguém que faça mudanças drásticas e complexas associadas; raspar a cabeça, fazer tatuagens sinistras, roupas militares sem contexto. 
  13. Vandalismo: pessoa que danifica ou destrói instalações e infraestruturas.
  14. Afastamento/isolamento: aquele que apresenta afastamento repentino, isolamento dos amigos, familiares ou atividades. Abandono de tratamentos e também comportamento de solidão crônica. 
  15. Comportamento exibicionista: vangloriar-se de alguma maldade. Exibicionismo pela facilidade de acesso a armas ou a grupos violentos.

Em caso de preocupação com eventuais sinais, a Polícia Militar (PM) pode ser acionada no telefone 190. Além disso, é possível fazer denúncias virtuais por meio do canal oficial disponibilizado pelo governo federal.

Fonte: O Tempo.

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