A segurança das escolas públicas em Minas Gerais esteve em pauta em uma reunião nesta quinta-feira (4) na Cidade Administrativa. O encontro debateu a criação de protocolos integrados e ocorreu em meio aos recentes casos de ameaças de massacre a instituições de ensino do Estado.
Esta foi a primeira reunião do grupo, coordenado pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG). Segundo a pasta, o objetivo do encontro foi “alinhar ideias para o desenvolvimento de estratégias que intensifiquem as ações de enfrentamento à violência nas escolas mineiras da rede pública”.
Também compõem o grupo as forças de segurança — Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros —, além de representantes da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e da Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Conforme a subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica e presidente do grupo de trabalho, Izabella Cavalcante, a ideia é que as reuniões sejam frequentes para “definição de projetos e programas que ajudem a intensificar as ações de enfrentamento à violência nas escolas”.
Violência nas escolas
Minas Gerais, a exemplo de outros estados brasileiros, enfrentou uma onda de ameaças de massacres a escolas do Estado. Os casos levaram a uma escalada de pânico e terror na comunidade escolar, por parte de alunos, pais e educadores. Houve ocorrências de estudantes que levaram facas e outros objetos com objetivo de se defenderem de eventuais ataques.
O policiamento nas escolas foi uma das respostas do governo de Minas devido aos casos. O Executivo anunciou a Operação de Proteção Escolar, junto à Polícia Militar (PM). Agentes visitaram escolas estaduais, municipais e particulares do Estado para palestrar sobre segurança.
Em um intervalo de menos de um mês, três escolas registraram ataques no Brasil. Em São Paulo, uma professora morreu após ser esfaqueada um aluno de 13 anos na Escola Estadual Thomazia Montoro, em 27 de abril. Outras quatro pessoas ficaram feridas.
Em Santa Catarina, quatro crianças foram assassinadas por um homem em uma creche em 5 de abril. No Colégio Estadual de Santa Tereza de Goiás, no norte do Estado, três alunos ficaram feridos após um ataque em 11 de abril.
Fonte: O Tempo. Foto: Daniel Cerqueira / O Tempo