Em meio a explosão de casos de dengue e chikungunya, Minas Gerais segue sem estoque, para distribuição aos municípios, do inseticida usado na aplicação do fumacê para combate ao mosquito Aedes aegypti. O defensivo é fornecido pelo Ministério da Saúde que havia prometido envio de nova remessa para o Estado até o fim de abril, mas o prazo não foi cumprido.
O desbastecimento do inseticida usado contra arboviroses foi anunciado pelo governador de Minas, Romeu Zema (Novo), em março deste ano. Em coletiva de imprensa, na manhã desta segunda-feira (8), o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, afirmou que o problema ainda não foi solucionado.
“A compra do inseticida é exclusivamente do governo federal, ele é importado, e havia uma expectativa de que chegaria até o final de abril, mas não chegou”, disse.
Segundo Baccheretti, há uma nova previsão foi repassada pelo governo federal. “Uma expectativa que nos passaram é que certamente até a segunda semana de maio a gente receba esse inseticida para enviarmos aos municípios”, afirma.
O secretário ainda garantiu que Minas possui os equipamentos necessários para que o fumacê seja aplicado tão logo a remessa do defensivo seja entregue pelo Ministério da Saúde. “Cabe ao Estado os equipamentos, os carros de fumacê e temos distribuído eles por toda Minas Gerais. Alguns municípios ainda tinham um resquício desse inseticida e eles ainda conseguiram utilizá-lo”, explica.
Baccheretti reforça, no entanto, que a população deve fazer sua parte no combate aos focos do mosquito Aedes aegypti.”O inseticida tem um valor estratégico menor, ele mata alguns mosquitos, mas na água está cheio de larvas eclodidas e virando mosquito no mesmo dia. A arma mais importante é cuidar da sua casa: água parada, caixa d’água destampadas, esses cuidados são fundamentais para que não tenha ovo e larva. Temos que manter essa vigilância constante”, reforça.
Dengue já matou 70 mineiros
De acordo com o boletim mais recente, divulgado na última sexta-feira (4), Minas Gerais tem mais de 127 mil casos confirmados de dengue neste ano e 70 mortes. Outros 115 óbitos estão em investigação.
Em relação a chikungunya, o Estado registra mais de 24 mil casos da doença em 2023. Outros 56 mil são classificados como prováveis e 15 óbitos foram confirmados – 18 estão em investigação.
A reportagem procurou o Ministério da Saúde sobre a entrega dos inseticidas e aguarda retorno.
Fonte: Hoje em Dia.
