No Brasil, o programa de aprendizagem é uma alternativa que se converte em oportunidade e esperança de um futuro melhor para muitos jovens que desejam ingressar no mercado de trabalho. A discussão desse tema foi promovida pelo Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (CIEE/MG) em uma live realizada recentemente alusiva ao Dia Internacional do Jovem Trabalhador, comemorado em 24 de abril.
Durante o evento virtual, o relações-públicas Fernando Beiral e a supervisora da Unidade Regional Zona da Mata, Célia Maria de Almeida Tellado, falaram sobre a implantação do programa Aprendiz Legal no município de Juiz de Fora e do importante papel exercido pelas empresas que contratam, investem e transformam a carreira profissional desses jovens.
Como entidade qualificadora dos aprendizes, o CIEE/MG oferece os cursos de aprendizagem em Belo Horizonte, Contagem, Sete Lagoas, Varginha, Governador Valadares, Montes Claros, Nanuque e, recentemente, Juiz de Fora, que passou o ofertar o programa. A chancela da metodologia pedagógica do programa oferecido pelo CIEE/MG é da Fundação Roberto Marinho. Nos últimos cinco anos, cerca de 2 mil jovens foram beneficiados com o Aprendiz Legal.
Célia Tellado ressaltou que o Aprendiz Legal terá relevância significativa na comunidade juiz-forana. “Tenho a honra de ter colaborado com milhares de estudantes inseridos no mercado pelo Programa de Estágios. Agora, com o Aprendiz Legal tenho a certeza de que vamos continuar nosso trabalho em prol da qualificação profissional dos jovens. Por isso, estamos buscando as empresas locais para abraçar a causa da aprendizagem, não só para que elas possam cumprir a legislação, mas que tenham olhar voltado para a qualificação desses jovens”, destacou.
Fundamental – Para Célia Tellado, o empresariado estará contribuindo para o combate à evasão escolar e ao trabalho infantil quando contrata um aprendiz e esse é um grande diferencial do Aprendiz Legal. Além disso, a empresa desempenha um papel fundamental na formação profissional do aprendiz que envolve o desenvolvimento de habilidades, competências e atitudes. “Dos 32 milhões de brasileiros com idade entre 16 e 24 anos, 23 milhões são economicamente ativos. No entanto, mais de 20% estão desempregados. Este índice é quase o dobro da taxa geral de desemprego”, acrescentou.
Os participantes da live destacaram que as empresas estão se adaptando à nova realidade imposta pela pandemia da Covid-19. Isso afetou as formas de trabalho, já que muitos colaboradores migraram para o sistema home office. Essa situação não foi diferente com os programa de estágios e de aprendizagem, que são voltados para a qualificação dos jovens.
As empresas estão se adaptando às novas tecnologias para poder conseguir permanecer no mercado e manter-se em evidência. Na opinião de Célia Tellado, “nesse processo de novas descobertas há espaço para o jovem, que muito pode ajudar trazendo novos conhecimentos e experiências para o meio corporativo”, complementou.
Em relação à implantação do Aprendiz Legal em Juiz de Fora, Célia Tellado ressaltou que as expectativas são positivas, mesmo neste cenário de pandemia. “Após o fim desta crise, as empresas retomaram as contratações e vão ofertar um número maior de vagas de aprendizagem e de estágios para nossos jovens”.
Legislação – A Lei da Aprendizagem, nº 10.097/2000, determina que as empresas a partir de sete funcionários, cujas funções demandem formação profissional, contratem um número de jovens equivalente a um mínimo de 5% e um máximo de 15% do seu quadro de funcionários. Para se candidatar a uma vaga de aprendiz é necessário ter idade entre 14 a 24 anos incompletos e que estejam cursando os anos finais do Ensino Fundamental ou cursando ou ter completado o Ensino Médio. A idade máxima prevista não se aplica a aprendizes com deficiência.
Saiba mais sobre o programa Aprendiz Legal do CIEE/MG em www.cieemg.org.br.