O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu à Justiça a retirada de todos os animais do Mercado Central de Belo Horizonte por considerar que o espaço pode se tornar foco de disseminação da gripe aviária. No local, um dos principais pontos turísticos da cidade, são vendidos cães, gatos, aves e outros bichos.
Segundo o MPMG, o pedido levou em consideração a confirmação de casos da doença no Brasil. Nesta terça-feira (27), o número de focos de gripe aviária do subtipo H5N1 no país subiu para 50, após Santa Catarina registrar o primeiro caso. Todos são em aves silvestres.
Além disso, o MPMG considerou o fato de o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) ter declarado estado de emergência zoossanitária por seis meses por causa da gripe aviária. A pasta também suspendeu a realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves.
Segundo o Ministério Público, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) enviou um ofício ao órgão relatando preocupação com a situação do Mercado Central.
No documento, o IMA afirma que, “além do grande impacto para a avicultura, o vírus da Influenza Aviária pode provocar um grave surto na população” e que a “aglomeração de aves representa potencial risco de transmissão do vírus para o homem”.
“Considerando a gravidade da manutenção de animais e alimentos no mesmo ambiente, haja vista a possível propagação de zoonoses e doenças, especialmente a Influenza Aviária, tendo em vista o atual surto mundial, é imprescindível que a situação dos animais abrigados no Mercado Central seja revista, não somente pelo bem-estar deles, mas também como medida de saúde pública”, diz um trecho do pedido do MPMG, assinado pelas promotoras Fernanda Hönigmann e Luciana Imaculada de Paula.
Além da retirada de todos os animais do Mercado Central em até cinco dias, com o encaminhamento deles a espaços seguros, o MPMG pediu à Justiça que determine a proibição da entrada de novos bichos no local.
Fonte: GLOBO Minas.