Minas anuncia chegada de mais 100 mil doses de Coronavac e professores vacinados em junho

Por Dentro De Tudo:

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Minas Gerais vai receber, neste final de semana, 100.200 unidades de Coronavac para aplicação de segunda dose. Na próxima semana, são esperadas mais 400 mil doses da vacina, de acordo com o secretário de estado de Saúde, Fábio Baccheretti.

Nesta quinta-feira (7), o estado confirmou que 830 dos 853 municípios mineiros relataram atrasos na aplicação da segunda dose. Eles precisam, no total, de 371.898 imunizantes para completar o esquema vacinal de quem já recebeu a primeira dose.

“Receberemos um quantitativo suficiente para que municípios retomem a vacinação daqueles que só tomaram a primeira dose, para que consigamos alcançar a imunidade”, afirmou o secretário, em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (7).

Ele destacou a importância de que todas as pessoas que receberam a primeira dose da vacina retornem aos postos quando houver a disponibilidade da segunda dose, mesmo com atraso. “A imunidade é garantida com a segunda dose mesmo com um intervalo maior”, disse.

Além da Coronavac, o estado recebeu, nesta quinta-feira (6), 396.500 de vacina da AstraZeneca. Na quarta-feira (5), outras 676.250 doses do imunizante foram distribuídas aos municípios. No dia anterior, 50.310 doses da vacina da Pfizer foram encaminhadas para a Prefeitura de Belo Horizonte.

Segundo Baccheretti, cerca de 2 milhões de pessoas apresentam comorbidades em Minas Gerais e devem ser vacinadas nesta etapa. A expectativa é de que a imunização reduza as mortes por Covid-19, já que 90% dos pacientes que evoluem a óbito no CTI têm pelo menos uma comorbidade.

Entre os idosos, a vacinação tem gerado resultados na queda do número de mortes. No começo deste ano, as vítimas com mais de 90 anos correspondiam a 8,8% do total e, hoje, equivalem a 2,5%.

Os óbitos de pessoas com 80 a 89 anos equivaliam a 21,5% do total e, agora, são 9,1%. Os idosos com 70 a 79 anos eram 28,8% das vítimas e, hoje, são 24,4%.

“Observamos com clareza a queda da proporção de óbitos daqueles que já estão vacinados com a segunda dose. Este é um ponto muito importante que nos enche de esperança com relação à eficácia da vacina”, disse o secretário.

A expectativa é de que, em breve, o número de mortes também diminua entre os idosos com idade a partir de 60 anos. “Hoje, este é o grupo com maior mortalidade e ocupação de leitos nos nossos CTIs”.

Vacinação de professores

De acordo com o secretário, os professores devem ser o próximo grupo imunizado. A vacinação deve começar em junho, conforme a previsão do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

“São 2 milhões de pessoas com comorbidades, receberemos mais de 2 milhões de doses provavelmente neste mês e, no mês que vem, o próximo grande grupo são dos professores”, afirmou.

Terceira onda

Baccheretti ressaltou que o estado vive um momento de queda no número de casos de Covid-19, ocupação de leitos e mortes pela doença, mas já se prepara para uma terceira onda.

“Estamos muito atentos a essa possibilidade. Eu, pessoalmente, não acredito em uma terceira onda com um pico tão alto como vivenciamos, pelo crescimento da vacinação, mas acredito que possamos ter, sim, um novo pico pelo comportamento da população, todos estão muito cansados, e estamos preparando o estado para este momento”, disse.

Segundo ele, o pico em Minas Gerais foi no dia 15 de abril. O mês foi o mais letal desde o início da pandemia, com 9.367 mortes. Atualmente, o estado tem 1.404.219 casos confirmados e 35.424 óbitos por Covid-19.

Conforme Baccheretti, o estado está atento à nova variante do coronavírus em circulação no Rio de Janeiro, a P.1.2, que se trata de uma alteração ocorrida na linhagem P.1, surgida em Manaus. Segundo ele, 80% das amostras analisadas em Minas Gerais são da P.1.

De acordo com o secretário, Minas Gerais conseguiu fazer diversas compras de kit intubação e emitiu uma resolução de financiamento para que hospitais reformem suas unidades em relação à disponibilidade de oxigênio e se preparem para ocupação maior.

“Vamos manter o financiamento dos leitos, mesmo o governo federal não financiando os leitos por um problema orçamentário, o estado está bancando. O papel do estado é estar preparado para uma terceira onda”, pontuou Baccheretti.

Ele fez um apelo para que as pessoas não se aglomerem no próximo domingo (9), Dia das Mães.

“O vírus continua circulando. Temos que nos preocupar em não aglomerar, evitar contato com vários grupos familiares, estamos no momento de virada, de segurar o vírus e aumentar vacinação para que a gente volte à normalidade. Fica aqui o apelo para que todos tenham consciência neste domingo”, concluiu.

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