A Polícia Civil prendeu nessa quinta-feira (29) um homem de 38 anos, suspeito de amarrar e espancar e torturar a companheira a golpes de mangueira. A vítima, de 24 anos, só foi liberada horas depois, quando os pais do suspeito entraram na casa e viram a mulher debilitada em cima da cama.
“Trabalhamos com casos violência doméstica há muitos anos, mas esse caso de fato nos chocou muito, a ponto da nossa equipe chorar, de tão assustador que foi”, disse a delegada Mellina Clemente.
Segundo a polícia, ela foi amarrada na cama, de barriga para baixo. O agressor ainda tentou afogar a vítima com a água do chuveiro.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Mellina Clemente, o casal estava junto em um show há cerca de duas semanas, no dia 17 de junho. Ao chegarem em casa, na manhã seguinte, o homem falou que desconfiava que a mulher o tinha traído durante o evento
Ainda segundo a delegada, o homem disse à vítima que faria uma “jogo” com ela. Em seguida, ele amarrou os pés e mãos da vítima na cama. A mulher foi torturada até a noite do dia 18 de junho.
A mulher disse que chegou a desmaiar várias vezes por causa das dores. Depois de algumas horas, o suspeito permitiu que a vítima usasse o celular.
Ela conseguiu mandar uma mensagem para a sogra, que estava em uma festa de aniversário, pedindo para que ela levasse um pedaço de bolo e que a visse pessoalmente com urgência.
A sogra, que já sabia do histórico agressivo do filho, desconfiou porque o suspeito não queria deixar os pais ver a companheira. Mas ela conseguiu entrar na casa. Foi aí que ela viu a nora debilitada, suja e com várias marcas de agressão.
A Polícia Militar foi acionada, mas o suspeito fugiu. Ele só foi encontrado na tarde dessa quinta-feira (29).
Ao chegar na delegacia, a jovem não conseguiu sequer se levantar e sair do carro, e precisou ser atendida pelos policiais ainda na garagem da unidade.
“Ele tem 38 anos, tem vários registros de violência doméstica. Em 2016, ele agrediu uma ex-companheira a ponto de romper o ligamento da mão da vítima”, disse a delegada.
O homem confessou o crime e segue preso preventivamente. Ele deve responder, inicialmente, pelo crime de tortura e a polícia vai apurar o caso para saber se o crime também se trata de tentativa de feminicídio.
Fonte: Globo Minas.