“O envelhecer de uma travesti, não é o envelhecer de uma senhora cisgênera. Ninguém bate na minha porta para perguntar se eu preciso de alguma coisa. Ser travesti idosa, é matar 1 leão, 3, 4, por dia”, disse uma travesti ouvida em pesquisa inédita da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
🏳️🌈 O estudo, divulgado pelo Núcleo Jurídico de Diversidade Sexual e de Gênero da universidade, em parceria com a Prefeitura de BH, aponta que a falta de recursos financeiros e a solidão estão entre os principais problemas enfrentados por idosos LGBTQIA+. Em seguida, vem o medo da violência motivada por preconceito.
📝 A pesquisa ouviu 114 pessoas da comunidade LGBTQIA+ com idade a partir de 60 anos. Do total, 58% declarou não ter um companheiro (a), outros 29% disseram estar em união estável e 2% se declararam viúvos.
🏳️⚧️ No caso das pessoas idosas trans e travestis entrevistadas, em sua maioria solteiras (60%), relacionamentos amorosos não são vistos como prioridade e há um investimento em outros tipos de laços sociais.
💰O relatório também aponta que 40% das pessoas trans e travestis ouvidas têm renda mensal de menos de R$ 1 mil. Outras 20% afirmaram não ter nenhum tipo de renda. Os demais não têm salários que ultrapassem os R$ 5,5 mil.
👮♀Com relação a segurança, 10% dos entrevistados relataram medo do preconceito e da violência devido a sexualidade ou identidade de gênero.
Fonte: Globo Minas – Foto: Celso Tavares/g1