A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de um lote de sal da marca Carrefour. A decisão foi tomada após a constatação de que o produto não apresenta a quantidade mínima de iodo exigida.
A medida foi publicada, nesta quarta-feira (5), no Diário Oficial da União.
Além da proibição de comercialização, distribuição, fabricação e uso do ingrediente, a Anvisa pediu o imediato recolhimento do ingrediente do lote 22992.
A partir da década de 1950, todo sal destinado ao consumo humano deve conter iodo. Hoje, a quantidade da substância no sal deve ficar entre 20 e 60 ppm (partes por milhão).
O baixo teor de iodo no sal tem chance de provocar distúrbios por deficiência do micronutriente, que pode desembocar em quadro de anomalias congênitas e bócio (hipertrofia da glândula tireoide), além de problemas de desenvolvimento físico e neurológico.
O Carrefour garantiu, em nota, que, durante os testes, feitos em maio, as amostras estavam dentro dos parâmetros esperados pela Anvisa. Mesmo assim, o grupo providenciou a retirada do lote em questão. Confira a íntegra:
“Informamos que realizamos análises recorrentes em todos os nossos produtos de marca própria. O produto citado foi testado em maio deste ano, e, na ocasião, as amostras analisadas estavam dentro dos parâmetros estabelecidos pela Anvisa.
Reforçamos ainda que solicitamos imediatamente a retirada do produto do lote 22992 em todas as lojas que o mesmo encontra-se disponível e que estamos em contato com o fornecedor para apurar o fato”.
Coletivo processa Carrefour por acusação de tortura
O coletivo Cidadania, Antirracismo e Direitos Humanos decidiu processar o Carrefour por tortura contra um casal negro na Bahia. O grupo é formado pelas entidades Soueuafrobrasileira (SP), , Movimento de Direitos Humanos (TO) e Maria Mulher (RS).
O caso ocorreu no Big Bompreço, filial do Grupo Carrefour, em Salvador (BA), no dia 5 de maio. O casal de negros – identificado posteriormente como Jamile e Jeremias – foi xingado e humilhado por seguranças sob acusação de que teria teria tentado furtar sacos de leite em pó para uma filha pequena.
Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra o casal sendo agredido no estacionamento com tapas no rosto. O homem está sentado no chão. A mulher, de pé, segura uma mochila com pacotes de leite em pó. Ela também leva tapas no rosto. O funcionário que grava as imagens xinga Jeremias, dá tapas no seu rosto e pergunta o nome de seus familiares.
Créditos: Marcello Casal Jr./Agência Brasil