No dia 31 de agosto do ano passado, Bárbara Vitória, de 10 anos, saiu para comprar pão e não voltou mais para casa. O corpo dela foi encontrado no dia 2 de agosto de 2022, em um matagal próximo a um campo de futebol, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Neste sábado (5), parentes e amigos vão fazer um ato em memória de Bárbara. O caso comoveu a cidade e chocou o país.
Bárbara foi vista pela última vez no bairro Landi, em Ribeirão das Neves. O corpo foi encontrado por uma estudante que ajudava nas buscas. A criança foi estuprada e morta por asfixia.
A polícia concluiu que o autor do crime foi Paulo Sérgio de Oliveira, de 50 anos, que aparece em imagens registradas por câmeras de segurançaao lado da criança (veja acima). Ele se suicidou dias depois do crime.
Na época, o pai de Bárbara, Rogério Flores, contou que a menina brincava em frente à casa da família, no bairro Mantiqueira, Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, no limite com Ribeirão das Neves.
Era o último dia de férias escolares e, por volta das 17h30, ele pediu que a menina fosse à padaria, que fica a poucas quadras de casa. Ela buscaria pães para o café da família. Um trajeto que, segundo o pai, a criança já tinha o hábito de fazer.
Bárbara saiu de casa, mas não voltou. A demora chamou a atenção da família, que buscou a ajuda das autoridades. Imagens de circuito de segurança (veja vídeo acima) mostram a menina na fila do caixa da padaria e, depois de ser atendida, guardando o troco em uma bolsa e saindo do local com um saco de pães. Ela chega a se despedir de uma atendente quando o relógio do circuito marca 17h46.
Às 17h55, uma outra câmera registra o momento em que Bárbara desce uma rua, correndo pelo asfalto.
Quase 30 minutos depois, às 18h23, um novo registro. A menina aparece correndo em frente a outro comércio. Um minuto depois, às 18h24, a mesma câmera registra o momento em que dois homens correm na mesma direção em que Bárbara estava. O fato chamou a atenção dos militares.
Segundo a família da criança, um dos rapazes chegou a ser preso, mas foi liberado por falta de provas.
Investigações concluídas
O delegado Fábio Moraes Werneck, responsável pela investigação, confirmou a conclusão do exame de DNA colhido no corpo da vítima. O material genético de Paulo Sérgio foi encontrado nas unhas da criança e no cadarço utilizado para amarrar as mãos dela.
O suspeito prestou serviços elétricos na casa da vítima dias antes do crime.
“Tudo que temos até agora é que ele agiu sozinho. O motivo (do crime) foi sexual”, afirmou o delegado na época.
Paulo chegou a ser conduzido à delegacia no início de agosto de 2022, após a Polícia Militar encontrar, em sua casa, um saco de pão semelhante ao que Bárbara tinha comprado. Ele foi liberado e não ficou preso.
Fonte: Globo Minas.