Após denúncias das deputadas Bella Gonçalves (PSOL) e Lohanna (PV) e das vereadoras de Belo Horizonte Cida Falabella (PSOL) e Iza Lourença (PSOL), a Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar as ameaças de violência às parlamentares. Sem citá-las, a informação foi divulgada nessa sexta-feira (25/8) em nota conjunta com a Polícia Militar e o governo de Minas Gerais.
As investigações serão conduzidas pelas delegacias especializadas de Investigação de Crimes Cibernéticos, de Investigação de Crimes de Racismo, Xenofobia, LGBTfobia e de Atendimento à Mulher. “As primeiras providências já foram adotadas, com o objetivo de preservar dados e garantir as informações necessárias para identificação dos responsáveis e responsabilização criminal dos envolvidos”, aponta a nota conjunta.
De acordo com o Palácio Tiradentes, a Polícia Militar fará a escolta das parlamentares de “forma ostensiva, com policiais devidamente fardados, por um período determinado”. “Ao término deste prazo, será feita nova avaliação sobre a continuidade da escolta. O governo de Minas tem como prioridade a proteção dos mineiros, incluindo os representantes da população democraticamente eleitos”, conclui.
Ainda nessa sexta, o governador Romeu Zema (Novo) foi a uma rede social para informar que havia determinado às forças de segurança proteção às deputadas e vereadoras ameaçadas e investigação para encontrar os responsáveis. “Divergências políticas são resolvidas com diálogo, nunca na violência. Minha solidariedade às parlamentares mineiras diante das gravíssimas ameaças”, se manifestou.
O secretário de Governo, Gustavo Valadares (PMN), que, a propósito, é deputado estadual licenciado, adiantou que a Polícia Civil trabalha para “encontrar e responsabilizar os culpados”. “Toda a minha solidariedade às deputadas e vereadoras que foram ameaçadas e brutalmente atacadas na internet nos últimos dias”, disse Valadares.
Na última quinta (24/8), Lohanna denunciou à Polícia Militar ameaças de morte e estupro recebidas no e-mail institucional da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Em nota, a deputada informou que as intimidações relatam “invadir sua residência, dar um tiro na cabeça da deputada ‘para estragar o velório’ e ‘metralhar sua equipe’, entre outras ameaças”.
Há cerca de dez dias, Cida e Iza já haviam levado até à Delegacia Especializada em Investigação de Crimes Cibernéticos ameaças de estupro que sofreram por e-mail. A mensagem, que tinha como título “estupro corretivo funciona”, narra, com detalhes, uma cena de violência sexual e termina dizendo que o autor poderia ir à casa das vereadoras para “demonstrar como funciona” a prática criminosa.
Fonte: O Tempo.
