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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

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Policial é demitida por dançar em rede social e é acusada de ‘ferir honra’ da PM

Por Dentro De Tudo:

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Uma policial militar foi demitida da corporação, na última semana, após compartilhar vídeos em uma rede social privada em que aparecia dançando sensualmente. A mulher é acusada de ter “adotado conduta ofensiva à honra pessoal e ao decoro da classe”. Agora, a defesa dela tenta reverter a decisão, em um processo que pode durar até 2 anos.

De acordo com o advogado da mulher, Berlinque Cantelmo, os problemas dela dentro da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) teriam começado bem antes do desligamento. Há 10 anos na corporação, ela estaria sofrendo diversos tipos de assédio, moral e psicológico. Além disso, policiais teriam tentado sair com ela e forçar um relacionamento, até que os vídeos foram descobertos pouco tempo depois de começarem a ser produzidos, em 2019. Para ele, houve perseguição.

“A plataforma é privada, paga, com restrição de idade. Ela nunca fez qualquer menção à profissão e não dançava com roupas íntimas. Porém, alguém entrou nessa plataforma e a reconheceu como policial militar, levando ao conhecimento de outras pessoas”, diz ele, afirmando que não existe vedação na normativa militar para ser influencer.

Após o conteúdo ter sido descoberto, segundo o advogado, a mulher parou de fazer os vídeos. No entanto, depois de cerca de 3 anos de processo, ela foi demitida. A partir daí, houve ainda mais atitudes inadequadas da PMMG, de acordo com o profissional.

“Quando ela foi desligada, foi uma situação vexatória, humilhante. Ela foi chamada na frente de outros militares para ser demitida. Além disso, uma viatura a escoltou para ir em casa pegar a farda. Ela estava grávida de 8 semanas e, com toda a situação, passou mal e perdeu a criança. O feto, inclusive, ainda permanece no útero dela”, diz.

Ainda conforme o advogado, a demissão da mulher também foge ao critério de isonomia já que, segundo ele, há exemplos de outros policiais que se expõem nas redes sociais e que não foram demitidos. O profissional também destaca que, mesmo que a demissão seja revertida, a mulher já voltará rotulada para a coorporação.

Em nota, a Polícia Militar de Minas Gerais afirmou que “a ex-policial militar citada foi submetida a Procedimento Administrativo Demissionário (PAD), tendo sido garantido o direito ao contraditório e ampla defesa, com integral acompanhamento do seu defensor. Após o trâmite do devido processo legal foi decidido por sua demissão da Polícia Militar”.

Fonte: O Tempo.

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