A ampla utilização das redes sociais e a multiplicação do acesso aos vários aplicativos e jogos online direcionados às crianças e adolescentes estão contribuindo para o aumento significativo do tempo gasto em equipamentos como celulares e tablets no país. Segundo um estudo realizado pela McAfee, em 2022, o Brasil registrou o maior resultado sobre o uso de celular entre crianças e adolescentes, atingindo uma taxa geral de 96%. Além disso, o uso desses dispositivos tem começado cada vez mais cedo, com 95% delas acessam a internet por meio de um smartphone pessoal, 19% acima da média global nessa idade.
Os dados preocupam especialistas da saúde, como também os pais que buscam alternativas diversas para entreter os filhos em casa, sem o uso de tablets ou celulares. Durante os finais de semana, o desafio se torna ainda maior, pois, com tanto tempo livre e longe dos estudos, muitas crianças e adolescentes sentem-se ociosos. Segundo a Profissional do Curso de Pedagogia da Faculdade Anhanguera, Alyne Dairell é importante que os pais fiquem atentos e presentes na rotina dos filhos. “Os finais de semana são muito aguardados por eles, sendo uma fase propícia para que os pais estejam mais presentes e participem mais da rotina diária dos filhos de uma maneira leve e divertida”, comenta.
Segundo a profissional é possível atrelar no dia a dia atividades pedagógicas que promovam o conhecimento, tanto para os pequenos, quanto para os maiores, como, ensiná-los a fazer pequenas atividades, como montar o próprio café da manhã, ensinando a origem e derivação dos alimentos, como também preparar uma receita de um bolo que seja passada de gerações na família. Alyne também indica atividades ao ar livre, que são fundamentais no desenvolvimento, além de auxiliar na preservação da imunidade de crianças e adolescentes. “Eles estão em fase de desenvolvimento e cheios de energia, então é importante reservar um período do dia para exercitarem, visitar parques, museus, realizar piquenique em família, retomar as brincadeiras que fazem parte da nossa cultura, como o esconde-esconde e stop”, completa.