Estudo revela que Planárias “Cabeças-de-Martelo” encontradas em Pedro Leopoldo não representam ameaça à saúde

Por Dentro De Tudo:

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Após intensa repercussão, os resultados de um estudo conduzido pelo Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais foram finalmente divulgados, lançando luz sobre a presença de tetrotoxina nas Planárias conhecidas como “Cabeças-de-Martelo” em Pedro Leopoldo.

Liderada pelos renomados pesquisadores Dr. Hudson Alves Pinto e Dr. Alan Lane de Melo, a pesquisa buscou esclarecer a possível toxicidade desses invertebrados, gerando grande expectativa na comunidade local.

Conforme comunicado pela Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo, a Bipalium kewense, identificada através de um minucioso estudo morfológico em estereomicroscópio, foi considerada não tóxica em pequenas quantidades. Comparando os níveis de tetrotoxina com peixes marinhos, os pesquisadores indicaram que a toxina era relativamente pequena nos exemplares analisados.

A Bipalium kewense, originária do sudeste asiático, é uma espécie invasora no Brasil desde o final do século XIX, sendo associada a ambientes sujeitos a impactos antrópicos.

Os pesquisadores destacaram que não encontraram evidências de transmissão de parasitos de importância médico-veterinária associados a essas planárias. Além disso, o estudo enfatizou que o contato acidental com esses organismos não está associado a problemas dérmicos ou intercorrências clínicas.

No que diz respeito aos possíveis impactos ambientais, como a predação de minhocas terrestres, os pesquisadores afirmaram não terem encontrado dados científicos que respaldem essa discussão. Diante dessas constatações, concluíram que, no estágio atual, nenhuma medida de combate se faz necessária.

Quanto à saúde humana, a única orientação destacada foi a lavagem das mãos após o contato com esses organismos, visando a prevenção de possíveis riscos.

Este estudo representa um passo importante para esclarecer a convivência com a Bipalium kewense em Pedro Leopoldo, oferecendo informações cruciais para a comunidade e promovendo uma abordagem equilibrada diante dessa espécie invasora. A pesquisa contribui não apenas para o entendimento científico, mas também para tranquilizar a população local quanto à segurança em relação a essas planárias.

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