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segunda-feira, 30 de setembro de 2024

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‘Maníaco do Tinder’: acusado de se passar por mulher em app será julgado em BH

Por Dentro De Tudo:

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Acusado de tentativa de homicídio, Matheus de Souza Ordelas vai se sentar no banco dos réus do Tribunal do Júri em fevereiro de 2024. Conforme a acusação, ele se passou por mulher em um aplicativo de relacionamento para atrair um jovem, à época com 23 anos, e tentou matá-lo com óleo quente em um apartamento na região da Pampulha, em Belo Horizonte, em outubro de 2021. 

O julgamento, inicialmente, estava previsto para esta quinta-feira (14 de dezembro), mas foi remarcado para 26 de fevereiro de 2024. O adiamento ocorreu após a Justiça acatar a alegação da Defensoria Pública de que o Ministério Público juntou mais de 850 arquivos ao processo, sem “tempo hábil” para a defesa avaliar todo o material. 

Devido ao modo como cometeu o crime, o suspeito foi apelidado por familiares da vítima de “Maníaco do Tinder”, em referência ao nome do aplicativo de relacionamento usado por ele. Segundo a acusação, Matheus cometeu o crime após o jovem se negar a ter relações sexuais com ele. O julgamento está previsto para iniciar às 8h desta quinta.

Mãe da vítima, Renata Cristina, de 44 anos, diz estar apreensiva com o julgamento. Ela teme que o denunciado tenha a liberdade decretada. “Ele estar preso até hoje não é só um motivo de paz e sossego, como também de que a Justiça está sendo feita”.

Ainda segundo ela, o filho ainda sofre com as consequências do crime. Ele possui cicatrizes e, assim como ela, faz tratamento psiquiátrico. “Confesso que temo pelo veredito. Ao mesmo tempo que dá um alívio de que terminará, isso pode gerar um transtorno. Temo pela minha vida, segurança do meu filho”, diz.

Catfishing

Segundo a denúncia, Matheus praticou “Catfishing” (gato-peixe, em tradução direta do inglês para o português). O termo é usado para descrever a prática de criar um perfil falso ou fictício para enganar ou atrair outras pessoas. Nesta história, o suspeito se passou por uma mulher inventada: Juliana Gonçalves Dias Peixoto.

No aplicativo de relacionamento, o suspeito, passando-se pela mulher, e o jovem se conheceram. No dia do crime, Matheus convidou a vítima para ir à casa dele. O suspeito alegou ser um amigo de Juliana e disse que intermediaria o encontro com a mulher e a família dela.

A acusação alega que, na casa, o jovem se negou a ter relação com Matheus, o que gerou a revolta do suspeito. Argumenta, ainda, que o denunciado causou “intenso sofrimento” ao jovem ao arremessar o óleo fervente contra a face e tórax dele.

Após o ataque, o suspeito também pichou o carro do jovem e o muro da residência dele. A acusação também afirma que ele ligou para a mãe da vítima para fazer ameaças.

O jovem sobreviveu ao ataque, mas precisou ser hospitalizado no Hospital João XXIII.

Fonte: O Tempo.

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