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segunda-feira, 30 de setembro de 2024

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Polícia Militar registrou mais de 100 ocorrências de “rolezinhos de Natal” em Minas; prática é considerada crime

Por Dentro De Tudo:

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A Polícia Militar de Minas Gerais registrou quase 100 ocorrências de “rolezinhos do grau” em todo o estado, na madrugada desta segunda-feira (25), noite de Natal. O barulho assustou e incomodou moradores de Belo Horizonte, Contagem, Betim, Ibirité, Governador Valadares, Araxá, Montes Claros, Juiz de Fora e Matias Barbosa.

Em Belo Horizonte, a PM apreendeu cinco motocicletas e prendeu um jovem, de 23 anos, suspeito de participar de um “rolezinho” na Vila Ventosa, na região Oeste da capital. Na Avenida Barão Homem de Melo, também na região Oeste de BH, um outro grupo de motociclistas foi flagrado andando sem capacete, empinando as motos e promovendo o barulho conhecido como ‘rangangan’ na região.

Em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, 42 motocicletas foram apreendidas e seis pessoas presas durante a operação “Barulho dos Infernos”, que atuou contra participantes do “rolezinho” na cidade. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 200 motociclistas se reuniram na noite de Natal. A chamada “galera do grau” está sendo investigada por direção perigosa.

Na cidade de Matias Barbosa, na Zona da Mata mineira, a prática terminou em tragédia. Um sargento da reserva do Corpo de Bombeiros, de 53 anos, atirou contra os motociclistas após ser acordado pelo barulho das motos. Um dos participantes do “rolezinho” foi atingido e morreu. O militar foi detido e encaminhado à sede do 27º Batalhão da PM.

O que é o ‘rolezinho do grau’?

A prática consiste em uma reunião de motociclistas para fazer manobras em vias públicas – normalmente, elas acontecem locais não apropriados, o que pode colocar a vida de pessoas em risco, inclusive a dos próprios participantes. Esses eventos irregulares acontecem em todo o Brasil.

Geralmente, os envolvidos marcam os eventos pelas redes sociais e encontram-se nas ruas e avenidas, durante as madrugadas, para empinar motos, promover buzinaços, fazer o barulho conhecido como ‘rangangan’ (acelerar a moto ao máximo), entre outros crimes de trânsito. No lado Oeste de BH, por exemplo, moradores relataram que até quatro pessoas por moto, todas sem capacete, aceleravam pela região.

Quem for flagrado empinando motocicleta poderá ser autuado pela conduta, classificada pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) uma infração gravíssima. Além de multa no valor de R$ 293,47, o condutor pode perder a permissão de dirigir pelo período de 2 a 8 meses.

O artigo 308 CTB aborda manobras flagradas em rolezinhos: “Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada: Penas – detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor”.

Capital do grau

Belo Horizonte foi reconhecida, em agosto de 2022, como a capital nacional do grau, e chegou a ter um espaço destinado para a prática da modalidade. A arena grau ficava em uma área de 58.776m² na avenida Professor Clóvis Salgado, no bairro Bandeirantes, na região da Pampulha. No entanto, o convênio com a prefeitura para uso do espaço acabou e não foi renovado.

Polícia investiga o movimento

A Polícia Militar registrou eventos de “rolezinhos” em Belo Horizonte, Contagem, Betim, Ibirité, Governador Valadares, Araxá, Montes Claros, Juiz de Fora e Matias Barbosa. A major Layla Brunnela, porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais (PM), reconheceu que o número de ocorrência foi anormal e pode passar de 100.

A major classifica os participantes do movimento chamado de “rolezinho do grau” como criminosos e promete ações preventivas e reforço na fiscalização no Réveillon. A porta-voz destacou ainda que a inteligência da PM está fazendo um mapeamento dos fatos registrados nesta madrugada de Natal.

“A gente precisa tratá-los como eles são, porque são criminosos e infratores que não se preocupam com cidadão de bem, e isso a gente pode ver nas próprias entrevistas que foram mostradas. Então, essa orquestração, provavelmente via rede sociais, via grupos de WhatsApp, já sendo monitorada tanto pelo nosso serviço de inteligência quanto pela polícia judiciária”, disse a major.

Fonte: Itatiaia.

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