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Natural de Sete Lagoas, Bruna Marques, é destaque do time feminino do Atlético-MG e foi convocada para seleção brasileira sub-20

Por Dentro De Tudo:

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As mulheres do time feminino do Galo fizeram história nesta sábado (17) ao garantir o inédito acesso à elite do futebol nacional. Em campo, no duelo contra o América-MG ficou empatado.

Natural de Sete Lagoas a atacante Bruna Marques, de 19 anos, vive o melhor momento da carreira. Além de ver o Galo perto de se juntar aos maiores times do país, onde ela já esteve inclusive, a camisa 11 também comemora a recente convocação para a seleção brasileira sub-20. Tudo, fruto de uma longa história, apesar da pouca idade.

“Nasci em Sete Lagoas, mas desde quando meus pais se divorciaram, eu e minha mãe nos mudamos para Contagem. Na época, eu tinha 8 anos. Minha mãe passou a trabalhar como vendedora em uma loja de peças, onde trabalha até hoje. Por algum tempo ela teve que trabalhar em dois empregos , durante a semana nesta loja e nos finais de semana como ajudante de cozinha em festas para complementar nossa renda. Nesta época, eu somente estudava e brincava de bola na rua com meus vizinhos; daí fui convidada a participar de alguns campeonatos na Gremig, onde tudo começou. Eu somente estudava e treinava, minha mãe que sempre cuidava de tudo e me acompanhava”, conta Bruna.

Quando criança, Marques – nas próximas linhas explicaremos a origem do apelido, que vai muito além do sobrenome – jogava bola com os vizinhos (homens) e acabou sendo convidada para disputar campeonatos de futsal. Numa seletiva no América-MG foi considerada a atleta de maior desempenho e, em 2018, após vestir a camisa do Frigoarnaldo (time da várzea em BH), foi convidada para disputar a Série A1 do Brasileiro pelo São Francisco do Conde, da Bahia.

O Apelido

Já no Atlético, clube que defende desde o ano passado, Bruna foi promovida ao time principal nesta temporada. Porém, ao chegar, encontrou algumas xarás na equipe. A solução foi arrumar um apelido.

“Na equipe somos três atletas com nome Bruna, e para diferenciar, nosso treinador Hoffmann achou melhor que me chamassem de Marques, porque meu segundo nome é muito complicado (Peligrinelli). Coincidentemente, conciliou meu sobrenome Marques ao ídolo do Atlético que para mim é uma honra.

Curiosamente, o ex-atacante Marques, que no início do ano passado ocupava cargo de gerente no time masculino, ganhou o último título como profissional (e pelo Galo) no mesmo ano em que Bruna e a mãe Janaína se mudaram para Contagem (em 2010) e, de fato, iniciavam o caminho no mundo da bola.

Estou realizando meus sonhos, fazendo parte de uma equipe profissional, recentemente fui convocada para a Seleção Brasileira Sub-20; estou muito feliz. Tenho muitas metas a cumprir e cada dia estou batalhando para alcançá-las. Estamos a um jogo do nosso objetivo maior: colocar o Atlético onde ele merece estar, que é na A1 (Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro).

Apoio incondicional da mãe

Num mundo em que o apoio ao esporte ainda está longe do ideal, Marques contou com o apoio da mãe e fiel escudeira.

“Sempre tive o apoio da minha família, principalmente da minha Mãe, ela foi a base e inspiração para seguir no futebol, por mais que eu sempre tive que eu teria o futebol como minha profissão, ela investiu em mim. Agradeço a Deus por todas as oportunidades, a minha Mãe, meus familiares, companheiras de equipe/comissão e amigos por me apoiarem e acreditarem em mim”, finaliza.

O sonho do acesso

Após vencer o América-MG por 3 a 1 no jogo de ida, o Galo Futebol Feminino precisa de empate simples para avançar às semifinais da competição. Cabe lembrar que as quatro melhores equipes conseguem o acesso à Série A1. A bola rola a partir das 15h (de Brasília), no Sesc Venda Nova, em BH.

Campanha brilhante

Na primeira fase da Série A2, o Atlético-MG terminou a fase de grupos com 15 pontos e 100% de aproveitamento. Nas oitavas de final, as comandadas de Hoffmann despacharam o Iranduba-AM, que tem a experiente Tânia Maranhão (ex-jogadora da seleção brasileira) como principal peça. Agora, a missão é deixar para traz o Coelho.

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