A Prefeitura de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais, demitiu um professor da Escola Municipal Jandyra Toledo após denúncias de que ele teria cometido assédio sexual contra alunas. A decisão final foi no dia 23 de fevereiro, há pouco mais de uma semana, mas o caso só foi divulgado nessa quarta-feira (28).
Ao tomar conhecimento das denúncias, o município instaurou um Processo Administrativo Disciplinar em julho do ano passado. O portal BHAZ teve acesso ao documento que detalha trechos que apuraram a conduta do professor.
De acordo com a comissão, ele praticou atos de conotação sexual como “abraços e ‘beijos molhados” nas alunas. O documento aponta que o homem teve clara consciência e intenção de que os atos eram ilícitos, principalmente, após algumas advertências geradas em mais de uma oportunidade.
Em 2009, o processado recebeu advertências para evitar certos comportamentos com as alunas, como ter muita proximidade ou dar beijos e abraços. Há dois anos, ele também teve penalidades similares, após denúncias anônimas por meio de ligações telefônicas.
Agora, em relação ao último caso, uma psicóloga da rede municipal, que atendia crianças que eram alunas deste professor, prestou depoimento. De acordo com a especialista, uma das vítimas contou sobre a relação que tinha com o homem.
“[…] que o professor já beijou ela no rosto, ela via como carinho e ganhava doce, já sentou no colo dele e que puxava com carinho a aluna para sentar-se no colo dele’. Uma aluna relatou durante o acolhimento que achava que sentar no colo do professor era normal”.
Ainda segundo a psicóloga, algumas crianças apresentaram comportamento de angústia e choro excessivo após trabalho na escola sobre data de conscientização ao abuso e assédio sexual.
“As mencionadas alunas narraram para a orientadora e supervisora que vivenciaram situações de constrangimento em relação à conduta do processado e que só perceberam que estas condutas não eram saudáveis após o evento provido pela secretaria de educação que abordava os temas conscientização e assédio”.
O Ministério Público de Minas Gerais também recebeu o documento para tomar as medidas cabíveis. Ele pode responder criminalmente pelos atos.
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