Mulheres jovens, negras e sem trabalho são alvo de violência

Por Dentro De Tudo:

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Oito mulheres são agredidas por minuto durante a pandemia de Covid-19 em todo o País. E uma a cada quatro mulheres foram vítimas de algum tipo de violência nos últimos 12 meses. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apresentados durante o debate público “15 anos da Lei Maria da Penha: avanços e desafios para assegurar a mulheres e meninas o direito a uma vida sem violência”, realizado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais nesta sexta-feira (6).

A promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Patrícia Habkouk, também apresentou, na parte da manhã, alguns dados preocupantes com relação à violência contra mulheres jovens: os maiores índices de violência estão sendo verificados entre mulheres de 16 a 24 anos, correspondentes a 35,2% das denúncias em todo o País. E a violência tem cor: 28,3% das mulheres agredidas são negras, com mulheres pardas ficando em segundo lugar, com 24,6%, o que corresponde, no total, a mais de 50% das denúncias. 

A promotora destacou, ainda, que 32,8% das mulheres não tomam atitude nenhuma no sentido de formalizar denúncia contra o seu agressor, resolvendo sozinhas o episódio de violência que sofreram. E a dificuldade de garantir autonomia financeira é o ponto mais destacado pelas mulheres como fator de vulnerabilidade à violência durante a pandemia, sendo que 25,1% delas perderam o emprego ou ficaram impossibilitadas de trabalhar para garantir renda própria

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