Vítima de uma fraude bancária, uma mulher, moradora de Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, passou por mais transtornos ao tentar registrar a ocorrência na polícia. Na terça-feira (12), ela procurou a delegacia da cidade, no Bairro do Carmo Viana, por volta das 16h, horário em que a unidade deveria estar em funcionamento.
Ao chegar à delegacia, a mulher, que terá a identidade preservada, foi surpreendida por um aviso, dado por um servidor. Ele disse que a delegacia operava para registros das 8h às 11h30 e orientou que ela retornasse nesse horário ou procurasse outra unidade.
Ao consultar os horários de funcionamento indicados pela Polícia Civil nos canais oficiais, que são das 8h30 às 18h30, com intervalo de almoço das 12h às 14h, a mulher ligou para a delegacia na manhã desta quarta-feira (13 de março), para explicar que não poderia comparecer pela manhã, por não ter disponibilidade de horário.
“Ele falou que não tinha jeito de me atender à tarde, que eles não têm funcionários suficientes na delegacia para fazer registro de ocorrência durante o horário previsto”, alegou.
“É frustrante. A gente fica com o pensamento de que não estamos sendo protegidos como deveríamos. No meu caso não foi uma coisa física, mas sofri fraude do meu cartão, e eu não consegui passar as provas que eu tenho para a polícia”, acrescentou.
Resposta da Polícia Civil
A reportagem questionou a Polícia Civil, que, em nota, afirmou que “as delegacias têm horário de funcionamento das 8h30 às 18h30, com intervalo para almoço de 12h às 14h”. A instituição também afirmou que as delegacias de plantão, localizadas nas regionais pertencentes aos municípios, possuem atendimento ininterrupto, funcionando 24h por dia, todos os dias da semana”.
Além disso, a Polícia Civil afirmou que os registros podem ser feitos por meio da Delegacia Virtual. O endereço de todas as delegacias de Minas Gerais pode ser consultado aqui.
“Em relação aos registros de crime de estelionato, a Polícia Civil esclarece que, por se tratar de crime condicionado à representação da vítima, além do registro, é necessário que a vítima manifeste o interesse de representar. Além disso, é importante que apresente documentos/provas que contribuam na investigação”, concluiu.
A reportagem questionou se a denúncia de funcionamento reduzido da unidade será apurada e aguarda retorno.
Fonte: O Tempo.