A Polícia Civil apreendeu cerca de 200 camisas falsificadas do Manto da Massa, do Atlético-MG, que seriam comercializadas em shoppings populares de Belo Horizonte e da Região Metropolitana. Segundo a corporação, as investigações foram iniciadas após um pedido da diretoria jurídica do clube.
“Nós fomos procurados pelo Clube Atlético Mineiro (dizendo) que produtos falsificados da marca Manto da Massa, camisa vencedora de um concurso em que participaram torcedores, estariam sendo comercializados de forma irregular, visto que as camisas originais, apesar de já serem um grande sucesso de vendas, ainda não foram entregues aos compradores”, explicou o delegado Eric Brandão.
De acordo com o delegado Magno Machado, as apurações começaram com o objetivo de localizar os fabricantes das camisas, os intermediadores e os comerciantes, que adquiriam as roupas para revender.
A polícia conseguiu identificar um intermediador, em uma cidade não informada do interior do estado, e apreendeu com ele as camisas, que já seriam levadas para comerciantes de outros municípios. O homem recebia encomendas de cerca de mil blusas por semana.
A corporação ainda localizou uma fábrica, no Sul de Minas, onde o material era produzido. No local, foi encontrada matéria-prima para a confecção das camisas.
“Essas camisas são feitas por prensa quente. Após ser feita a base, é feita, através de máquina bordadeira, a inclusão dos escudos e também de mangas, golas e símbolos da fabricante”, explica Machado.
Segundo o delegado, as investigações continuam, por isso os detalhes sobre a fábrica e o intermediador ainda não podem ser divulgadas. A polícia quer localizar outras fábricas que produzam as camisas falsificadas.
O modelo da camisa que vem sendo falsificada venceu a segunda edição do concurso “Manto da Massa”, promovido pelo Atlético-MG. A blusa é branca e tem o desenho do mapa de Minas Gerais, além de trechos do hino. Mais de 120 mil unidades originais foram vendidas e devem ser entregues a partir de novembro.
“Tivemos êxito em efetivamente proteger a propriedade intelectual, porque os produtos que estavam sendo falsificados foram fruto de um concurso elaborado pelo time, em que artistas se esforçaram para tentar, efetivamente, materializar um sentimento do torcedor”, concluiu o delegado Júlio Wilke.
Os crimes em investigação são de pirataria, falsificação, violação de direito autoral e propriedade de marca.