A vacinação contra a COVID-19 avança em BH, mas os indicadores da pandemia apresentam um comportamento preocupante nesta semana. Pelo segundo balanço consecutivo, a transmissão do novo coronavírus acelerou e, nesta terça (17/8), com piora na escala de risco: da fase controlada para a de alerta.
O indicador marca exatamente 1 hoje. Portanto, cada pessoa infectada pelo vírus o transmite, em média, para uma outra. O parâmetro deixa a cor verde e vai para a amarela a partir de 1.
Desde 22 de julho, a estatística não estava na zona intermediária. Portanto, a cidade ficou quase um mês seguido no patamar controlado. Essa piora pode estar ligada ao surgimento da variante delta do novo coronavírus.
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“O momento (da pandemia) melhorou um pouco, mas tem uma ameaça grande que é a variante delta. Ela está rondando com grande possibilidade de difusão, então é momento de muito cuidado ainda”, explica o infectologista Geraldo Cunha Cury, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“Por exemplo, na Inglaterra se liberou um monte de coisas e depois se voltou atrás. E num país que tem mais que o dobro de população vacinada percentualmente (em relação ao Brasil). Não é momento de relaxar igual as pessoas estão achando. Mesmo vacinado, manter o uso de máscara, distanciamento social e higiene das mãos”, completa o especialista.
Os outros dois indicadores da COVID-19 também apresentaram alta hoje. A ocupação dos leitos de UTI para a doença saiu de 52,4% para 54,7%, portanto dentro do nível de alerta.
Já no caso das camas de enfermaria, a taxa subiu de 41,8% para 42,4%. Esse é o único dos três principais dados da pandemia ainda no estágio de controle em BH.
Casos e mortes
BH registrou oito mortes por COVID-19 hoje. Com mais essas, a cidade soma 6.415 óbitos pela doença – 186 neste mês de agosto.
Em número de casos, o boletim computou um crescimento de 661. Agora, o município totaliza 266.706 diagnósticos: 3.018 em acompanhamento e 257.273 recuperados, além daqueles que não resistiram.