O MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) denunciou o bombeiro aposentado Naire Assis Ribeiro por prática de discriminação e de preconceito racial e pelo homicídio do policial penal Wallysson Alves dos Santos. A denúncia foi apresentada ao Tribunal de Justiça do estado nesta terça-feira (2).
O crime ocorreu em 26 de fevereiro deste ano, em um bar no Santa Tereza, em Belo Horizonte. De acordo com o documento, oito testemunhas prestaram depoimentos sobre o assassinato. A conclusão foi de que o bombeiro ficou inconformado com o fato de Wallysson Alves ser negro e ser policial.
Wallysson, que estava acompanhado do filho, portava uma arma de fogo para garantia da própria segurança. Ao se deparar com a situação e ver que o homem estava armado, Naire Assis questionou a vítima e ficou indignado quando ela se identificou como policial.
Segundo a denúncia, diante da intolerância e agressividade de Naire, a vítima pediu ao dono do estabelecimento para guardar a arma. No entanto, mesmo assim, o denunciado acionou a Polícia Militar pois havia um “negro”, um “haitiano” se identificando como policial. Veja abaixo:
A Polícia Militar, contudo, não compareceu ao local. Com isso, o bombeiro, que havia saído do bar, voltou ao estabelecimento e disparou diversas vezes contra o policial, o que, segundo o MPMG, “dificultou a defesa da vítima” e ainda colocou as outras pessoas presentes em risco.
Agora, a Justiça irá analisar e decidir se acata ou não a denúncia feita pelo MPMG. Caso aceite, o suspeito pode enfrentar de 12 a 30 anos de prisão por homicídio, além de um a três anos de prisão e multa pelo crime de preconceito racial.
A reportagem entrou em contato com a defesa de Naire Assis Ribeiro e aguarda retorno.
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