A Covid-19 impactou definitivamente a economia, o mercado e as empresas brasileiras. Isso, é claro, também ocorreu em Minas Gerais. Nas empresas, depois de mapeado o impacto da pandemia, e após sucessivos investimentos para superar este cenário adverso, este é o momento para investir nos negócios.
Minas Gerais está construindo uma importante retomada econômica e fatos embasam este argumento. Um deles está na “Pesquisa nacional sobre o impacto da Covid-19 nos negócios”, realizada por nós, com 35% dos empresários da região Sudeste acreditando que o faturamento em 2021 aumentará de 10% a 25%. Um quarto (25%) deles preveem crescer até 10% em 2021 e 13% esperam aumento superior a 25%.Em outra pesquisa que realizamos, Minas Gerais é vice-líder em fusões e aquisições de empresas, com 33 operações assim no segundo trimestre deste ano, ficando atrás apenas de São Paulo, mas à frente de Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco e todas as demais Unidades Federativas.
No primeiro semestre de 2020, Minas Gerais teve 33% mais fusões e aquisições de empresas em relação ao mesmo período de 2019, sendo outro indicador relevante de que a retomada econômica mineira está ocorrendo.
Sendo mais específico, mais de 60% dos empresários do varejo mineiro esperam que as vendas neste segundo semestre sejam melhores que no primeiro semestre, de acordo com o levantamento “Expectativa de vendas – 2º semestre de 2020”, da Fecomércio MG.
Os segmentos mais confiantes são: combustíveis e lubrificantes (88%); equipamentos e materiais para escritório, informática e de comunicação (77%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (70%); móveis e eletrodomésticos (68%); tecidos, vestuário e calçados (67%).
Em Belo Horizonte, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) teve alta de 13,5 pontos em setembro, atingindo 81,6 pontos, contra 68,1 em agosto, mais um indicador de perspectivas positivas da economia mineira.
Outro dado revela que a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), elaborada mensalmente pela Fecomércio MG, atingiu 65,5 pontos percentuais (p.p.) em setembro, contra 61,5 p.p. em agosto.
Os subindicadores da ICF também são de crescimento: emprego atual (de 85,8 em agosto para 88,6 em setembro); perspectiva profissional (74,9); renda atual (76,7); acesso ao crédito (68,1); nível de consumo (45,3); expectativa de consumo (76,6); e consumo de bens duráveis (28,5).
Os argumentos apresentados evidenciam que Minas Gerais está enfrentando a pandemia com resiliência. O mercado mineiro está aquecido e tem se destacado. As empresas que aqui atuam operam em setores importantes da economia e geram emprego e renda. Os consumidores também estão, aos poucos, retomando as agendas de trabalho e consumo. Para todos, ficarão os aprendizados que a pandemia ensinou a cada um.
*Sócio-líder de Mercados da KPMG em Minas Gerais