Minas Gerais confirmou nesta sexta-feira (27) mais duas mortes provocadas pela variante Delta da Covid-19. Com isso, os óbitos em decorrência da cepa originária da Índia, que é tão contagiosa quanto a catapora, subiram para quatro. A informação é da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
As novas vítimas eram moradoras de Santa Luzia (Grande BH) e Claro dos Poções (Norte de Minas). Antes, outras duas pessoas que moravam em Rio Novo (Zona da Mata) e Uberaba (Triângulo) também já haviam perdido a vida após a infecção pela Delta. Em comum, conforme a SES, todas eram mulheres.
“Em relação aos 4 casos que evoluíram a óbito, todos do sexo feminino, idades entre 56 e 86 anos”, informou a pasta. A secretaria não detalhou quantas mortes suspeitas pela cepa estão em investigação.
O balanço atualizado ainda revela que 102 casos da Delta foram confirmados no Estado, sendo 55% das vítimas mulheres e 45% homens. Elas tinham idades entre 8 e 93 anos. Além de preocupar as autoridades de saúde por ser mais transmissível, a variante do novo coronavírus também acende alerta com relação à imunização. Estudos ainda estão em andamento sobre a efetividade das vacinas com relação a cepa.
“Trata-se da linhagem B.1.617.2 classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma variante de Atenção e/ou preocupação sob vigilância mundial, devido à possibilidade de maior transmissibilidade, bem como a necessidade do desenvolvimento de estudos que comprovem a efetividade dos imunizantes disponíveis até o momento”, destacou a SES.
Para confirmar se uma infecção é decorrente da Delta, o Ministério da Saúde exige que a amostra do doente seja submetida a um sequenciamento do genoma viral completo. “Os casos classificados como prováveis, são aquelas amostras que foram analisadas a partir de outras metodologias disponíveis como o sequenciamento de Sanger ou RT-PCR Diferencial, ambas são de análise parcial do genes”, explica a pasta.
Transmissão comunitária
Por causa do número de infectados pela Delta e da distribuição dos casos, a Secretaria de Saúde afirma que existe a transmissão comunitária da cepa no território mineiro. O Governo de Minas reforçou que segue investigando os casos, junto aos municípios, para avaliação da história clínica e epidemiológica dos pacientes e seus contatos. A intenção é impedir a circulação do vírus entre os moradores.
“Importante ressaltar que a SES-MG tem ampliado as ações de vigilância genômica do coronavírus e realizado um monitoramento rigoroso dos casos suspeitos da variante, a fim de coibir a disseminação da mesma no Estado”, informou a pasta.
Outra estratégia adotada por Minas é acelerar a vacinação. “É imprescindível que a população, que integre os grupos prioritários do Programa Nacional de Imunizações (PNI), não deixe de procurar uma unidade de saúde para a vacinação contra a Covid-19, sem esquecer do reforço da segunda dose, já que só com o esquema completo é possível reduzir a transmissão da doença e evitar a forma grave da doença”, frisou.
O Governo de Minas ainda declarou que pediu ao Ministério da Saúde o envio de doses adicionais para atendimento aos municípios do Estado. “A SES-MG tem reforçado as recomendações sanitárias como o uso correto de máscaras, lavagem das mãos com frequência e evitar aglomerações”, reforça.