A Companhia de Abastecimento de Minas Gerais (Copasa) analisa documentos enviados pela Vale, determinados pelo aditivo ao Termo de Compromisso Água, assinado com o Ministério Público em agosto deste ano. Ele formaliza novas medidas que deverão ser adotadas pela mineradora para evitar crise hídrica na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O termo foi firmado em julho de 2019 por causa da ameaça das barragens em emergência que, se romperem, podem afetar os rios das Velhas e Paraopeba. Já o aditivo foi assinado com a interveniência da Copasa, do governo de Minas Gerais, da empresa de engenharia Aecom e da mineradora Anglogold.
Há três barragens da Vale com iminência de rompimento em Minas Gerais. Uma delas é a B3/B4, em Macacos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O aditivo acrescenta medidas às já previstas pelo termo. Segundo o MP, o documento foi apresentado na última sexta-feira (3) e está sob análise da Copasa.
Em agosto, a Copasa confirmou a situação crítica do Rio das Velhas e afirmou que, por causa disso, estava reduzindo a captação no ribeirão.
Segundo a Vale, as ações têm objetivo de garantir o abastecimento dos municípios que podem ser impactados caso haja suspensão da captação da Estação de Tratamento de Água Bela Fama, localizada no Rio das Velhas.
De acordo com o Ministério Público, entre as obrigações estão a implantação de poços tubulares para abastecimento emergencial de parte de Sabará, com vazão média de 200 litros por segundo, mesma vazão ofertada pela ETA Bela Fama.
O aditivo também prevê a construção de novo sistema de captação na barragem de Cambimbe, que está na propriedade da AngloGold Ashanti.
Além disso, o aditivo prevê a construção de alternativas para clientes prioritários, como hospitais e unidades prisionais e implantação de pontos para abastecimento de caminhões-pipa.