Um homem e uma mulher, os dois policiais militares, foram presos na noite do último sábado (27), suspeitos de atirar contra uma família em um bar de Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o boletim de ocorrência, os militares apresentavam sinais de embriaguez e “comportamento agressivo”.
Uma das vítimas relatou que estava com os familiares em um carro estacionado na porta do estabelecimento quando outro veículo parou por trás e começou a buzinar, pedindo para que tirassem o veículo, que estaria atrapalhando o trânsito.
Segundo a vítima, do carro saíram um homem e uma mulher que se apresentaram como policiais militares. A mulher de 29 anos entregou uma arma ao amigo dela, de 25, que efetuou os disparos. Uma das vítimas disse que foi atingida, ainda, com uma coronhada na cabeça e que, por isso, perdeu a consciência momentaneamente.
Um homem de 52 anos levou um tiro na cabeça e foi internado em estado grave no Hospital Municipal de Sete Lagoas. Outras três vítimas da mesma família sofreram lesões no rosto.
O que disseram os policiais
O policial militar de 25 anos disse que estava no bar com familiares e com a amiga, que também é PM. Segundo ele, no momento que iriam sair do local, havia dois veículos obstruindo a rua.
Ele disse que pediu ao condutor de um desses carros para que retirasse o veículo, mas que os ocupantes mandaram que ele pedisse “por favor” primeiro. Ainda segundo o policial, uma das passageiras do carro teria dado um soco na amiga dele, momento em que teria começado a briga generalizada.
O autor confessou que pegou uma pistola que estava na cintura da amiga e efetuou disparos. Em seguida, eles fugiram para a casa da avó do policial.
No endereço, o PM disse ter sido surpreendido por inúmeros policiais, que foram bastante truculentos, segundo ele. O militar aforma ter sido agredido com chutes e enforcamento e ameaçado a todo instante.
A policial de 29 anos contou a mesma versão do amigo. Ela conta que durante a abordagem eles foram enquadrados com armas de fogo apontadas para o rosto deles.
Os militares foram algemados e levados para o hospital. Em seguida, encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de Ribeirão das Neves.
O BHAZ procurou a Polícia Militar para obter um posicionamento sobre o assunto e aguarda o retorno.
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