Na quarta-feira, a formação de um ciclone extratropical que, de forma rápida, se deslocará para o oceano, vai estender uma frente fria, que cruza o Rio Grande do Sul e traz a instabilidade às demais áreas do estado. No, a previsão indica queda acentuada de temperaturas máximas com prováveis rajadas de vento acima dos 80 km/h e chuva entre 20 a 50mm em diversas partes do estado.
— A partir de quarta-feira tem odesenvolvimento de uma frente e já volta a chover em Porto Alegre, principalmente. Os volumes não vão ser tão elevados quanto os desses últimos dias, mas ali, qualquer chuva a gente sabe que é perigoso — destaca Andrea Ramos, meteorologista do Inmet.
As fortes chuvas no Rio Grande do Sul já deixaram 85 mortos confirmados, 134 desaparecidos até a segunda-feira. São 339 feridos, 47.676 levados para abrigos e 153.824 moradores desalojados por conta das enchentes e deslizamentos.. Os temporais, que começaram em 27 de abril, ganharam força no dia 29 e já afetaram mais de 850 mil pessoas em território gaúcho, de acordo com o último boletim da Defesa Civil.
Veja os alertas do Inmet para esta terça-feira — Foto: Reprodução
Como fica o tempo na região Sudeste?
A região Sudeste, que enfrenta uma intensa onda de calor desde última semana, segue com as altas temperaturas. O Inmet emitiu um alerta de “Grande Perigo” para o Rio de Janeiro, parte de São Paulo, sul do Espírito Santo e Minas Gerais, norte do Paraná, todo o estado do Mato Grosso do Sul, sul de Goiás e Mato Grosso. A previsão é de tempo quente e seco, exceto em áreas do nordeste de Minas Gerais e norte do Espírito Santo, onde deve ocorrer chuvas rápidas e passageiras. Já em Itapetininga, litoral sul paulista, região metropolitana de São Paulo, Vale do Paraíba paulista, o alerta de onda de calor é de “Perigo Potencial”.
Mancha vermelha mostra regiões atingidas por onda de calor — Foto: Reprodução
Como onda de calor está relacionada com as chuvas no Sul do país?
Ramos explica que essa onda de calor também está relacionada com as chuvas intensas na região Sul. De acordo com a explicação da especialista, as altas temperaturas acontecem por conta de um bloqueio atmosférico, que se dá por conta do anticiclone.
— Esse anticiclone em altos níveis que proporciona esse bloqueio impede que sistemas como frentes, que geralmente fazem uma incursão, não entrem. Ou seja, ficam sendo confinados nessa área e as frentes não entram, depois vão para o oceano e na medida que vão para o oceano, provocam instabilidade — explica a meteorologista.