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96% dos adultos no Brasil querem a 3ª dose contra a covid, diz pesquisa

Por Dentro De Tudo:

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Chega a 96% o percentual de adultos brasileiros totalmente vacinados contra a covid-19 que tomariam a 3ª dose se estivesse disponível hoje, segundo mostra levantamento do Instituto Ipsos. Eis a íntegra, em inglês (288 KB).

Ao todo, foram 13 países analisados na pesquisa. O Brasil é o que tem a maior fatia da população adulta que gostaria de receber a dose de reforço.

Eis o ranking:

  • Brasil (96%);
  • México (93%);
  • China (90%);
  • Austrália (82%);
  • Reino Unido (82%);
  • Estados Unidos (81%);
  • Canadá (77%);
  • Espanha (73%);
  • Japão (72%);
  • França (70%);
  • Alemanha (70%);
  • Itália (66%);
  • Rússia (62%).

Os números referem-se à soma dos que dizem que “concordam fortemente” e dos que dizem que “concordam até certo ponto” com a seguinte afirmação: “Se a dose de reforço estivesse disponível para mim hoje, eu tomaria”.

Em todos os países analisados, os adultos totalmente vacinados são mais propensos a concordar que a dose de reforço será necessária quando a pandemia for controlada. A Rússia discorda.

A visão de que a 3ª dose pode ser dispensada quando a crise sanitária chegar ao fim tem mais força entre os mais jovens. Esse padrão se repete na Austrália, Alemanha, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Na Espanha e nos Estados Unidos, essa opinião é compartilhada principalmente entre os homens.

DOSE DE REFORÇO ANUAL

A maioria dos cidadãos que responderam à pesquisa em 12 dos 13 países concordam, seja “fortemente” ou “até certo ponto”, que as doses de reforço serão necessárias pelo menos anualmente para que a proteção contra o coronavírus seja mantida.

Essa previsão é feita principalmente pela população do México. Entre os entrevistados do país, 85% apostam na necessidade de doses anuais. Em 2º lugar, 83% dos entrevistados do Brasil também concordam. No Reino Unido, são 77%.

No Brasil, México e Reino Unido, o percentual de mulheres que acreditam que a dose de reforço será necessária anualmente é significativamente maior do que o de homens. Na Alemanha, acontece o oposto.

Eis o recorte por sexo entre adultos que acham que a dose de reforço será necessária pelo menos uma vez por ano nos 4 países:

  • México: mulheres (88%); homens (81%);
  • Brasil: mulheres (87%); homens (80%);
  • Reino Unido: mulheres (80%); homens (73%);
  • Alemanha: homens (67%); mulheres (59%).

O percentual geral da Rússia é o menor, chegando a 43% de adultos que acreditam que a dose de reforço será anual. O país, que também ocupa o último lugar do ranking de adultos que tomariam a 3ª dose, enfrenta atraso da campanha de vacinação. A meta do presidente Vladimir Putin era chegar a 60% da população imunizada até setembro, o que não ocorreu.

Um dos motivos é a desconfiança da população, segundo indicou estudo publicado em março e realizado por sociólogos no Levada Centre. A pesquisa revelou que apenas 30% dos russos estão dispostos a se vacinar com a Sputnik V. Outros 62% disseram que não querem receber as doses do imunizante.

PRIORIDADE PARA 1ª DOSE

A pesquisa do Instituto Ipsos mostra ainda que, apesar da intenção de tomar a 3ª dose, a maioria dos adultos nos 13 países concorda que a prioridade deve ser aplicar a 1ª dose em toda a população elegível e disposta a se vacinar.

Eis os percentuais, considerando a soma dos que “concordam fortemente” e dos que “concordam até certo ponto” com a priorização da 1ª dose:

  • China: 83%;
  • Japão: 83%;
  • México: 81%;
  • Canadá: 74%;
  • Espanha: 74%;
  • Austrália: 73%;
  • Reino Unido: 73%;
  • Alemanha: 71%;
  • Itália: 67%;
  • Estados Unidos: 67%;
  • Brasil: 69%
  • Rússia: 62%;
  • França: 56%.

METODOLOGIA

A pesquisa foi conduzida em uma plataforma online no período de 26 a 30 de agosto de 2021. Foram entrevistadas pessoas de 18 a 74 anos no Canadá e nos Estados Unidos e de 16 a 74 anos na Austrália, Brasil, China, França, Alemanha, Itália, Japão, México, Rússia, Espanha e Reino Unido.

A amostra foi de mais de 1.000 adultos entrevistados no Canadá, França, Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos. Na Austrália, Brasil, China, Itália, México, Rússia e Espanha, foram mais de 500. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

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