Depois de participar de tratamento com um novo medicamento experimental contra o câncer, uma mulher viu o tumor desaparecer junto do medo de não poder ter o segundo filho. Esse era o maior sonho dela!
Kelly Spill, de 28 anos, tinha acabado de dar à luz a um lindo menino quando veio o diagnóstico: um câncer de cólon em estágio 3. Com os tratamentos tradicionais, as chances de ter outro bebê eram mínimas.
A esperança voltou quando ela foi selecionada para ser a quarta pessoa a receber tratamento com dostarlimabe. Antes, ela congelou alguns embriões e depois de 2 anos em remissão, teve uma menina saudável chamada Mya Grace.
Sintomas e preocupações
Quando Kelly se recuperava do parto, começou a sentir muita fadiga, sangramento, perda de peso e apetite. Os médicos acreditavam que era por conta da gravidez, mas a jovem já sentia que tinha algo estranho. “No fundo, eu sabia que era câncer”, disse ela.
Na época, o filho Chase tinha apenas 1 mês e a perspectiva de enfrentar tratamentos invasivos, como quimioterapia e radioterapia, era assustadora o suficiente.
“Isso significaria que eu provavelmente nunca mais seria capaz de carregar outro bebê – e isso é muito difícil de ouvir com apenas 28 anos”, contou.
Risco dos tratamentos
O temor de Kelly tinha fundamento. Isso porque, segundo a oncologista Amanda Schwer, a radiação direcionada ou absorvida pelos órgãos reprodutivos de uma mulher pode afetar a fertilidade.
O mesmo se aplica à quimioterapia, que pode resultar na perda de hormônios relacionados à fertilidade.
Mas a profissional ressaltou a importância de cada mulher falar com o próprio médico para compreender os riscos, benefícios e outras alternativas, já que cada paciente pode ter uma resposta diferente.
Nova esperança
O ensaio clínico de que Kelly participou foi conduzido pelo SU2C Colorectal Cancer Dream Team, uma equipe de pesquisa do Memorial Sloan, nos Estados Unidos.
“Tudo o que eu sabia naquela época era que os efeitos colaterais desta imunoterapia seriam muito menos severos para o meu corpo do que a quimioterapia, e eu teria uma chance de uma melhor qualidade de vida – e talvez até de outro bebê”, disse Spill.
Após avaliar os riscos e benefícios, decidiu seguir com o ensaio clínico. “Decidi ir em frente. Para mim, era tudo uma questão de tempo”.
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Pensam em outro filho
Durante todo o processo, Kelly fez exames e biópsias a cada seis meses. Recentemente, recebeu aprovação para fazer esses exames apenas uma vez por ano.
Agora, ela e o marido já estão pensando em ter um terceiro filho.
Para aqueles que enfrentam um diagnóstico como o dela, o conselho de Kelly é simples: “sentir seus sentimentos”.
“Sinta tudo o que você está sentindo naquele momento, porque é importante”, disse ela. “Isso ajuda você a entender o que está passando”.
Olha a reação dele ao conhecer a irmãzinha: