Carros a prova de bêbados: nova tecnologia abolirá Lei Seca

Por Dentro De Tudo:

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Como parte do pacotaço de medidas para estimular a economia que o presidente norte-americano Joe Biden enviou para o congresso, e que representam trilhões de dólares, está a implementação de recursos tecnológicos capazes de impedir que pessoas alcoolizadas dirijam automóveis. 

Ao longo das duas últimas décadas, uma série de sistemas e dispositivos que se propunham a identificar se o motorista ingeriu bebida alcoólica e, por meio de bloqueio do carro, impedir que ele dirigisse chegaram a ser anunciados.  

Eram traquitanas que iam de bafômetros ligados à ignição a sofisticados scanners a laser no painel, capazes de medir instantaneamente a concentração de álcool no sangue.

Nenhum deles, que se saiba, chegou a ser produzido e/ou incorporado como acessório de série em nenhum modelo disponível no mercado. 

Tanto empenho faz todo o sentido: “sistemas assim poderiam evitar 9 mil mortes por ano nos EUA, já que, em 30% dos acidentes que provocaram mortes por lá na década passada tiveram o álcool como um fator importante”, informa o professor Vivaldo José Breternitz, da Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo, 

Ele se refere a dados de uma pesquisa feita pelo IIHS – Insurance Institute for Highway Safety, que, em outra ocasião, ouvindo o público em geral, apurou que dois terços dos entrevistados apoiavam um sistema que imobilizasse o carro caso o nível alcoólico no sangue do condutor estivesse além do que é tolerado pela lei. 

O professor explica que o tema está sendo discutido e que, num prazo de três anos, o Departamento de Transportes dos EUA terá de definir os padrões que as montadoras deverão seguir para implementar essa tecnologia nos carros que produzirem a partir de determinada data. 

Ou seja, se o projeto avançar mesmo, em mais alguns anos é possível que, em vez de blitzes nas ruas, a Operação Lei Seca passe a viajar dentro de todos os carros. 

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