fbpx
segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Contato

Mulher acusada de matar homem que vomitou em carro de aplicativo é condenada a dois anos de prisão

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

Uma mulher acusada de matar um homem depois que ele vomitou em um carro de aplicativo foi condenada a dois anos e dois meses de prisão, nesta quinta-feira (23), pela Justiça mineira. O crime aconteceu em 14 de junho de 2022, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte

Na ocasião, câmeras de segurança filmaram o momento em que um veículo estacionou na Avenida Antônio Carlos, no bairro Indaiá, e o corpo de Marcus Paulo da Paixão Silva foi abandonado no local (veja vídeo acima). Segundo as investigações, ele foi baleado por Stela Márcia Souza Fernandes quatro vezes. 

Durante sessão no Tribunal do Júri, a ré disse que conheceu a vítima na saída de um bar e agiu em legítima defesa (entenda mais abaixo). Os jurados acolheram a tese de que a mulher cometeu o crime em contexto de imprudência, sem intenção de matar. 

Por isso, a juíza Fabiana Cardoso Gomes Ferreira determinou uma pena por homicídio culposo e fraude processual. A magistrada também concedeu à condenada o direito de recorrer em liberdade, considerando que ela estava presa desde agosto de 2022. 

De acordo com o inquérito policial, durante a madrugada de 14 de junho de 2022, a denunciada atirou várias vezes contra a vítima, dentro de um carro de aplicativo, e deixou o corpo dela jogado na calçada. 

Homem baleado é abandonado na Avenida Antônio Carlos — Foto: Redes sociais/Reprodução

Homem baleado é abandonado na Avenida Antônio Carlos — Foto: Redes sociais/Reprodução 

Pouco tempo antes do crime, os dois se conheceram na saída de uma bar, onde conversaram e se beijaram. Quando decidiram ir para casa, Marcus Paulo da Paixão Silva pediu para compartilhar uma corrida com Stela Márcia Souza Fernandes e uma amiga dela. 

Em determinado ponto do trajeto, ele vomitou no tapete do veículo, o que gerou uma discussão entre os dois. Segundo as investigações, foi neste momento que a mulher baleou o homem e, em seguida, arremessou-o para fora do carro. 

Para o Ministério Público, o crime foi praticado por motivo fútil, diante da insatisfação com o fato de a vítima ter vomitado. Ainda conforme a denúncia, a acusada levou consigo os pertences de Marcus e a arma, além de ter alterado provas para induzir a equipe de perícia ao erro. 

No julgamento desta quinta, a promotoria sustentou que a ré demorou para se apresentar à polícia, desfez do revólver e acreditou que o motorista do carro poderia ser culpabilizado, em uma mensagem enviada para a amiga. Apontou, também, que a necropsia e laudos do Instituto Médico Legal (IML) não confirmaram a tese de legítima defesa. 

Por outro lado, Stela Márcia Souza Fernandes alegou aos jurados que agiu, sim, em legítima defesa. Ela afirmou que o homem insistiu para entrar no carro e não quis descer. Assim que ele vomitou, os dois começaram a brigar. 

Na sequência, Marcus apontou uma arma para a cabeça dela, e os disparos ocorreram de forma acidental, ao tentar se proteger. Logo depois de o homem ser atingido, a mulher o empurrou para fora do veículo. 

Fonte: Globo minas.  Foto: Divulgação/Tribunal do Júri de Belo Horizonte 

Encontre uma reportagem

Aprimoramos sua experiência de navegação em nosso site por meio do uso de cookies e outras tecnologias, em conformidade com a Política de Privacidade.