Um adolescente de 16 anos, morador de Balneário Camboriú (SC), é suspeito de aplicar golpes em pessoas que pretendiam ajudar a população do Rio Grande do Sul, estado atingido por inundações desde o início do mês.
Segundo a Polícia Civil gaúcha, o adolescente utilizava a internet para realizar golpes de forma sistemática, simulando campanhas de arrecadação de doações, mas desviava o dinheiro para contas vinculadas a ele.
Na última sexta-feira (24), a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência do adolescente, onde foram apreendidos computadores, celulares e outros equipamentos eletrônicos. A suspeita é de estelionato e lavagem de dinheiro.
As investigações ainda estão em andamento, e o adolescente não foi encontrado para prestar esclarecimentos. Ele não possui advogado atuando formalmente no caso até o momento.
O adolescente, que se orgulha em suas redes sociais de ter alcançado seu primeiro milhão aos 15 anos e ser sócio de duas empresas, é alvo de uma força-tarefa da Polícia Civil chamada Cyber, que visa combater golpes ligados à calamidade pública. A operação que o investiga foi denominada Operação Dilúvio Moral.
Segundo o delegado responsável pelo caso, o adolescente criou uma página na internet simulando vínculo com o governo do RS e, posteriormente, uma campanha falsa de arrecadação de doações. O valor das doações era desviado para uma empresa de treinamentos e serviços, na qual o adolescente era sócio.
Até o momento, a força-tarefa Cyber analisou mais de 60 casos relacionados a golpes virtuais, resultando na retirada de 71 páginas do ar e na instauração de 29 inquéritos policiais. As diligências continuam em andamento.
