A eletricidade, uma peça fundamental na sociedade moderna, também representa riscos que não devem ser subestimados. Dados recentes do Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica da Abracopel revelam uma realidade preocupante: em 2023, o Brasil registrou 2.089 incidentes envolvendo eletricidade, resultando em 781 mortes.
A gravidade desses acidentes é evidente, com 37,4% das ocorrências resultando em óbito. Choques elétricos lideram as estatísticas, com 674 mortes em 986 acidentes, seguidos por incêndios elétricos, que causaram 67 fatalidades em 963 incidentes. Além disso, as descargas atmosféricas foram responsáveis por 40 mortes em 140 acidentes.
O gerente de Segurança do Trabalho da Cemig, Antônio César Lima Santos, destaca a importância de uma conscientização contínua sobre os perigos da eletricidade. Apesar dos avanços, ele ressalta que o Brasil ainda enfrenta desafios significativos na redução desses acidentes.
Casos recentes em Minas Gerais ilustram a urgência desse problema. Recentemente, dois acidentes fatais ocorreram no estado, evidenciando a necessidade de uma cultura de uso seguro da eletricidade.
Os choques elétricos permanecem como a principal causa de mortes. O Anuário da Abracopel aponta que as áreas de geração, transmissão e distribuição lideram em ocorrências e óbitos. A prevenção é fundamental, com a recomendação de realizar uma Análise Prévia de Riscos (APR) conforme previsto na NR-10 e ABNT NBR 16384:2020.
Outros fatores, como incêndios de origem elétrica, também representam sérios riscos, especialmente devido a sobrecargas na rede elétrica e instalações inadequadas. A conscientização sobre a importância de um projeto elétrico adequado e a contratação de profissionais qualificados são essenciais para evitar tragédias.
Em resumo, a segurança elétrica requer um esforço conjunto de conscientização, regulamentação e práticas seguras em todos os níveis da sociedade.
Crédito da foto: Cemig Divulgação