A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou Julia Andrade Cathermol Pimenta, 29, como a principal suspeita do assassinato do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, 45. Dias antes de sua morte, Ormond havia aberto uma conta bancária conjunta com Julia.
Segundo o delegado Marcos Buss, titular da 25ª DP (Engenho Novo), Ormond foi morto após Julia misturar 50 comprimidos de morfina em um brigadeirão. Vídeos obtidos pela polícia mostram Ormond “grogue e sonolento” no elevador. A investigação aponta que o crime foi motivado por razões financeiras: Julia teria planejado furtar os bens de Ormond para vendê-los e quitar uma dívida de cerca de R$ 600 mil com Suyany Breschak, uma cigana que realiza trabalhos espirituais.
Suyany, 27, está presa preventivamente por homicídio e é suspeita de ter ajudado no assassinato. A defesa de Suyany, representada pelo advogado Clhysthom Thayllon, nega sua participação no crime. A defesa de Julia não foi encontrada para comentar o caso.
De acordo com os investigadores, Julia roubou telefones celulares, um computador, duas pistolas e um carro de Ormond. O carro foi encontrado em Cabo Frio (RJ) e vendido por R$ 75 mil. Um homem, namorado de Suyany, foi detido por receptação do veículo, mas depois liberado. Ele alegou ter um documento escrito à mão, supostamente assinado pela vítima, transferindo a posse do carro. O celular e o computador de Ormond também estavam com ele, mas as pistolas não foram encontradas.
A polícia descobriu que Julia buscou um cartão da conta conjunta no condomínio de Ormond após sua morte, conforme mostram imagens de câmeras de segurança. Suyany afirmou em depoimento que Julia era garota de programa e mantinha um relacionamento com outro homem além de Ormond.
Testemunhas relataram que Ormond e Julia se conheciam há anos, mas se aproximaram nos últimos dois meses. Em 24 de abril, Ormond publicou no Facebook que estava casado.
Por Yuri Eiras / Folhapress