Na última sexta-feira (31), um jovem foi brutalmente agredido e deixado na calçada após um desentendimento em uma balada localizada na Avenida Vicente de Carvalho, no bairro Boqueirão, em Santos, litoral de São Paulo. O incidente foi registrado em vídeo e testemunhas alegam que três dos quatro agressores eram seguranças do local, embora a casa noturna negue essa versão.
A briga teria começado dentro da casa noturna e se estendido até os fundos do estabelecimento por volta das 23h. Uma testemunha, que preferiu não ser identificada, relatou que o jovem estava muito embriagado e gritava, o que levou à intervenção dos seguranças. “Ele estava muito embriagado e gritava muito. Os seguranças tentavam conter, porém ele se debatia e foram dados vários golpes, socos e pontapés nele. Absurdo”, afirmou a testemunha.
No vídeo, é possível ver o jovem sendo cercado por um homem de bermuda e outros três vestidos com roupas pretas e ternos. Eles tentavam imobilizá-lo, mas o jovem bateu a cabeça na parede, caiu no chão ao menos duas vezes e errou um soco em um dos homens. Um dos agressores, vestido de terno, foi filmado jogando um líquido no rosto do jovem, enquanto outro imobilizava seu braço e outro pisava em sua perna. O jovem começou a gritar e se debater, sendo então expulso pelos homens.
As imagens também mostram o jovem sendo carregado pelos braços e pernas e jogado na calçada. Em seguida, o trio de agressores arruma as portas e cercas da casa noturna e se posiciona como seguranças. A Moby Dick, casa noturna onde o incidente ocorreu, alegou ao g1 que os homens eram amigos do jovem e que ele foi controlado por eles para ser retirado do local e entregue à sua mãe.
Apesar das alegações da casa noturna, várias testemunhas insistem que os agressores eram seguranças. “Vários moradores [do prédio em cima da casa noturna] estavam assistindo e gritando para pararem e os seguranças nem aí”, disse uma testemunha.
O g1 conversou com o pai do jovem agredido, que preferiu não comentar sobre o ocorrido até a última atualização desta reportagem. As autoridades locais, incluindo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Guarda Civil Municipal (GCM), Polícia Militar e Civil, não foram acionadas para atender a ocorrência.
As circunstâncias do incidente continuam a ser investigadas, e a comunidade local aguarda mais esclarecimentos sobre o papel dos supostos seguranças na agressão e as medidas que serão tomadas para evitar novos episódios de violência.
