Milhares de pessoas atenderam ao chamado da organização da 28ª Parada do Orgulho LGBT+ e compareceram de verde e amarelo ao evento deste domingo (2/6), que reúne 16 trios elétricos na Avenida Paulista, região central de São Paulo.
Com um tema político-eleitoral, a Parada deste ano clama por um “basta de negligência e retrocesso legislativo” e promove a ideia do “voto consciente por direitos da população LGBT+”. A proposta é a “reapropriação das cores da bandeira do Brasil”, associadas ao bolsonarismo nos últimos anos.
Entre os presentes, a brincadeira era que chegou a hora de “tirar o verde e amarelo do armário” para integrar a comunidade LGBTQIA+ na sociedade brasileira. “Vim com camisa [verde e amarela] para ressignificar e me reapropriar da bandeira brasileira. Os símbolos nacionais foram utilizados negativamente ao longo dos últimos quatro anos”, disse o professor Adjaílton, de 34 anos, que participou da Parada na Paulista acompanhado do amigo Erick, 29.
“Retomar esses signos, como a bandeira nacional e a camisa da Seleção Brasileira, para nossa comunidade, é fazer com que a integração realmente aconteça, que nós estejamos inseridos nessa sociedade que muitas vezes nos nega o direito de estar aqui”, contou Erick.
A expectativa dos organizadores é reunir cerca de 3 milhões de pessoas na Paulista ao longo de todo o domingo. Entre os destaques da programação da Parada estão os shows de Pabllo Vittar, Glória Groove e Filipe Catto. O evento deve contar com a presença dos deputados federais Guilherme Boulos (PSol) e Tabata Amaral (PSB), pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo. O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), não vai comparecer.
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