Os moradores de Pedro Leopoldo aderiram a hastag #euqueroaheinekenaqui. A imagem está em centenas de perfis nas redes sociais após solicitação do grupo AV NORTE, que realizou reunião para entender o embargo da Heineken. A Prefeita e a Vice da cidade também fizeram um pronunciamento nesta quinta-feira e disseram que “farão de tudo para que tudo seja resolvido”.
O assunto “Heineken em Pedro Leopoldo” circula em praticamente todos os grandes jornais do país, após o embargo da obra pelo ICMBio.
Lideranças de diversos seguimentos da sociedade civil, políticos, e a administração municipal já se dispuseram a “fazer de tudo” para que as obras sejam retomadas.
De acordo com o ICMBio, a obra foi embargada por estar na Zona de Conservação do Desenvolvimento Urbano e Industrial de uma região que tem regras específicas para uso empresarial e que exige cuidados adicionais, a Área de Proteção Ambiental Carste de Lagoa Santa, que abriga rico acervo natural de grutas e sítios arqueológicas.
O órgão afirma que, “caso o empreendimento se adeque ao que determina o Plano de Manejo, apresentando estudos e as informações necessárias, a obra poderá ser retomada”. Uma audiência com a empresa está marcada para 9 de outubro, diz o ICMBio. A Heineken afirma estar à disposição de todos os órgãos envolvidos.
A fábrica de Pedro Leopoldo foi projetada para ser a primeira da Heineken totalmente construída no Brasil, uma vez que todas as outras 15 unidades de produção vieram com a aquisição da Brasil Kirin, em 2017. A unidade em Pedro Leopoldo foi projetada para produzir 760 milhões de litros por ano, se tornando uma das três maiores fábricas da holandesa no mundo e a maior da empresa no país.
A nova linha de produção tem estrutura para ampliar a oferta de cervejas Heineken e outras marcas do segmento mainstream que pertencem ao grupo, como Amstel e a recém-lançada Tiger.