Três pessoas da mesma família foram presas em uma ação da Polícia Civil, que teve como alvo um grupo que praticava agiotagem em Juiz de Fora, leste de Minas Gerais. Além das prisões, a operação Gênesis 3:19 resultou no cumprimento de dois mandados de busca e apreensão, no sequestro judicial de cinco veículos e no bloqueio de várias contas bancárias.
Segundo a investigação, além de agiotagem, o pai, de 54 anos, a filha, de 28, e o marido dela, de 31, são suspeitos de extorsão, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O outro filho, de 31 anos, foi conduzido pelos policiais, mas liberado após depoimento. A família teria acumulado um patrimônio de R$ 10 milhões com os crimes.
Após buscas, foram apreendidos dinheiro, arma de fogo, munições e documentos de contabilidade que mostram o esquema de agiotagem praticado pela organização criminosa. A polícia também encontrou documentos e cartões de banco de possíveis vítimas.
Conforme a Polícia Civil, a investigação, que começou há cinco meses, apurou que a família atuava desde 2020 na cidade de Juiz de Fora, especialmente na zona sul, no bairro São Geraldo.
“Durante as investigações, constatou-se que as vítimas tinham grande receio dos investigados, devido às constantes ameaças, inclusive de morte, além de cobranças de juros exorbitantes, que chegavam a 60%, tornando a dívida impagável”, explicou o delegado Márcio Rocha.
Áudios com ameaças
Um dos áudios obtidos pela investigação mostra ameaças feitas pela mulher presa. “Dia 10 você vai ‘tá’ morta. Se eu não te encontrar até lá, pode ser que você me mande o Pix, mas eu te encontrando antes você vai ‘tá’. Aí não vai ter como você me enviar o Pix, beleza?”, ameaçou.
Para a polícia, o meso dificultava a coleta de denúncias. “Em um caso específico, o grupo invadiu o comércio de uma vítima e roubou os bens presentes no local”, afirma o delegado.
Como denunciar?
A Polícia Civil destaca a importância da colaboração da população para combater o esquema criminoso. Quem tiver qualquer informação sobre esse caso, ou de casos semelhantes, pode ligar para o Disque Denúncia, pelo telefone 181, de forma sigilosa.
Com PCMG
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