A aranha-marrom, ou loxoscele, é minúscula, com cerca de 1 cm, e seu veneno pode ser fatal. Nos últimos três anos, foram registrados 1.213 ataques na Grande BH, principalmente em Belo Horizonte, Manhuaçu e Pouso Alegre. Segundo Adebal de Andrade Filho, do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Minas Gerais (Ciatox), esses aracnídeos costumam se esconder em roupas, calçados e toalhas.
A picada da aranha-marrom pode causar distúrbios de coagulação sanguínea, lesões renais e hepáticas, além de necrose no local da picada. Em caso de picada, é essencial lavar a área com água e sabão e buscar atendimento hospitalar imediatamente. Se possível, capture ou fotografe a aranha para ajudar na identificação.
O tratamento envolve o uso de soro antiaracnídeo ou antiloxosceles, distribuídos pelo SUS. Em casos graves, pode ser necessário hemodiálise e transfusão de sangue. De janeiro a junho de 2024, Belo Horizonte registrou 462 acidentes com aranhas, dos quais nove foram com aranhas-marrons. O Hospital João XXIII é a referência para esse tipo de atendimento e oferece suporte 24 horas.
Para emergências, o Hospital João XXIII atende pelos números (31) 3224-4000 e (31) 3239-9308.